Rege-se na sua linha política e nos seus métodos de organização pelos princípios do marxismo-leninismo e pela experiência histórica da luta proletária nacional e internacional contra o capitalismo e o imperialismo, contra o oportunismo e o revisionismo, pela construção do socialismo.

O seu objectivo estratégico é conduzir a classe operária na conquista do poder pela Revolução Socialista, através da etapa da Revolução Popular.

Mas para que tal condução seja possível e vitoriosa, põe-se-lhes como necessidade táctica central e primeira o reagrupamento e organização dos trabalhadores comunistas e de todos os marxistas-leninistas num verdadeiro e novo Partido Revolucionário do Proletariado….” (REORGANIZAR O PARTIDO REVOLUCIONÁRIO DO PROLETARIADO - Necessidade histórica e tarefa central dos comunistas portugueses in Bandeira Vermelha N.º 1, Dezembro de 1970)

Foi desta forma que, há 55 anos, a 18 de Setembro de 1970, o Comité Lenine, sob a direcção do camarada Arnaldo Matos, e em função da caracterização da situação do proletariado português, definiu o MRPP.

O MRPP alterou de forma radical a luta política em Portugal, particularmente no combate à guerra colonial e pelo derrube do regime ditatorial fascista de Salazar e Caetano, demarcando-se claramente da ideologia revisionista e do oportunismo de organizações como o PCP e filhotes pseudo-revolucionários, com intransigência nos princípios e inexcedíveis ousadia, coragem e valentia no combate político e no confronto físico com a pide e a nova pide – em que se destacaram os exemplos heroicos dos mártires da revolução: Ribeiro Santos e Alexandrino de Sousa.

Ter hoje presente os ensinamentos da experiência de luta que caracterizaram o MRPP, a formulação da sua linha política autónoma com base no marxismo, nomeadamente através das Teses da Urgeiriça, e a coragem de a defender de forma tenaz, ousando estar em minoria na defesa dos princípios, é a herança que torna o proletariado mais forte na guerra de classe pela revolução comunista.

“Vivemos num planeta em que o imperialismo, estádio supremo e último do capitalismo, se mundializou e globalizou, ou seja, se tornou dominante ao nível local e ao nível geral. É agora que se irão intensificar as guerras entre as grandes potências imperialistas. Qualquer dessas guerras tenderá a mundializar-se também, como está a suceder com a guerra imperialista pela conquista do petróleo e matérias-primas no Próximo e no Médio Oriente.

Essa guerra leva já mais de quarenta anos e a tendência é mundializar-se cada vez mais. Dessas guerras imperialistas acabarão por nascer as revoluções proletárias socialistas modernas, e que – essas sim – estão em condições de permitir a destruição do modo de produção capitalista e instaurar o novo modo de produção comunista.” (Arnaldo Matos – O Colóquio da Urgeiriça, 06.11.2016, publicado no Luta Popular em 16.11.2016, Teses da Urgeiriça)

Viva o comunismo!

Viva o Partido!

Todos ao debate dia 20 de Setembro às 15:30 na sede nacional