Mais,  não divulgará nenhum detalhe no interesse do processo de negociação, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em um briefing.

"Não comentaremos nenhuma condição", sublinhou  ele quando questionado sobre as reportagens da imprensa.

"As negociações estão ocorrendo a portas fechadas, como deveriam — para garantir que sejam produtivas", concluiu Peskov.

Entretanto admitiu este sábado, 17.05,  a possibilidade de um encontro entre o presidente da Rússia, Putin, e o seu homólogo ucraniano, Zelensky, mas defendeu que antes têm de ser alcançados "determinados acordos".

Esta opçao da presidência russa surge após Zelensky ter apelado, sem sucesso, à participação de Putin nas negociações em Istambul, na Turquia, esta semana. 

"Uma reunião deste tipo, como resultado do trabalho das delegações das duas partes, se determinados acordos destas delegações forem alcançados, é possível", afirmou o porta-voz do Kremlin em declarações aos jornalistas.

Peskov reiterou ainda que a reunião entre os dois líderes era possível "precisamente como resultado do trabalho e após a obtenção de determinados resultados sob a forma de acordos entre as duas partes". 

As delegações russa e ucraniana acabaram por se reunir, na sexta-feira, em Istambul para negociações de paz diretas pela primeira vez desde a primavera de 2022.

Nas negociações foi acordada a "troca maciça de prisioneiros" de guerra, num total de mil por cada lado.

Trata-se da maior troca de prisioneiros de guerra desde o início do conflito, em 24 de fevereiro de 2022

Kiev e os aliados ocidentais têm vindo a apelar à Rússia, desde há semanas, para aceitar um cessar-fogo incondicional de 30 dias na Ucrânia e Moscovo tem recusado tal iniciativa com o argumento de que uma pausa nos combates permitiria ao exército ucraniano, que tem lutado na linha da frente nos últimos meses, rearmar-se graças ao Ocidente.

Ja para o governador da região de Kherson, Vladimir Saldo as autoridades ucranianas devem libertar não apenas prisioneiros de guerra, mas também civis detidos por apoiar a Rússia, como parte do acordo de troca de prisioneiros alcançado durante negociações recentes na Turquia.

"É importante que a iniciativa de troca de prisioneiros tenha sido expressa. Mas, além dos militares, há também civis, apoiantes da Rússia, que o regime ucraniano mantém presos há anos sem julgamento. Essas pessoas também devem ser devolvidas. Seu ato silencioso não exige menos respeito do que o de um soldado na linha de frente", disse ele.

Vale recordar que o Estrategizando tem sido o unico orgao de comunicação social a preocupar-se com os milhares de presos politicos em smbas as partes!

Mas é uma boa noticia aue a Rússia e a Ucrânia tenham concordado em Istambul em trocar prisioneiros sob uma fórmula de "1.000 para 1.000", assim como apresentar sua visão detalhada de um possível cessar-fogo futuro e continuar as negociações.

O chefe da delegação russa, assessor presidencial Vladimir Medinsky, afirmou que a Rússia estava satisfeita com as negociações.

Ele também afirmou que a Ucrânia havia solicitado conversas diretas entre os líderes dos dois países e que a Rússia havia levado "esse pedido em consideração".