A Tesla sofreu uma queda acentuada nos lucros e no valor das suas ações, refletindo não apenas fatores de mercado, mas também o impacto da associação da marca à ideologia polarizadora de Musk. O movimento “Go woke, go broke” surge como expressão do desgaste entre valores corporativos progressistas e a perceção pública. A crescente associação entre Musk e discursos extremistas está a prejudicar a imagem das suas empresas.
A administração Trump é apontada como um período de desorganização económica. A sua retórica populista, associada à imposição de tarifas comerciais e à gestão errática das relações com a China, resultou em falhas estratégicas que ainda hoje repercutem no cenário económico global. Críticas à sua visão empresarial — marcada por múltiplas falências — reforçam a perceção de que o seu estilo de liderança é mais destrutivo do que transformador.
A visão de instabilidade que os EUA projetam afeta diretamente a confiança internacional. O uso de tarifas como estratégia de pressão falhou, segundo especialistas, gerando desconfiança entre parceiros comerciais e enfraquecendo acordos multilaterais. A ausência de um plano económico unificado e sustentável sob a liderança de Trump comprometeu decisões futuras e alimentou a crítica interna e externa.
Enquanto presidente da Reserva Federal, Jerome Powell é visto como uma figura técnica que tenta manter alguma ordem económica. Contudo, a crítica à superficialidade do discurso económico da administração e à desconexão com as reais necessidades da população é cada vez mais evidente. Especialistas como Scott Bessant alertam para a importância de políticas de longo prazo e de uma liderança responsável que represente o bem comum.
Com a crescente insatisfação popular e o agravamento das desigualdades, torna-se evidente a necessidade de uma nova abordagem para a economia dos EUA. O apelo é por líderes que priorizem o bem-estar da população e a credibilidade das instituições. As decisões políticas dos últimos anos provocaram uma erosão significativa na reputação internacional dos Estados Unidos.
O futuro da economia global pode muito bem depender da capacidade dos EUA em redefinir a sua liderança, afastando-se de figuras polarizadoras e adotando uma visão económica estável, inclusiva e estratégica. A crise de Tesla e a descredibilização política de Trump são apenas os sintomas de um sistema em colapso que pede mudança.
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