Vale hoje lembrar que em 1985, na sessao de lançamento da “candidatura a primeiro ministro”, de Almeida Santos, ouvi Mario Soares dizer ao seu assessor politico mais direto “porque é que nao houve nenhuma pergunta a mim ditigida?”, na dita sessao.
Intuitivamente, luso angolano e ouvinte atento dos odios a Ameida Santos sabia melhor sentia que a derrota do PS era obvia!
Ao ouvir de um dirigente a Mario Soares dirigindo-se à minha presença se ele vai à reuniao eu nao vou disparei alto e bom som quem nao vai sou eu (!) e saí do hotel.
O resultado foi bem triste para o PS 20,77% dos votos para 29,87% para o PSD da opusdei, i.e., Cavaco Silva, 17,92% para um PRD eanista, 14,6% para o PCP, 9,96% para o CDS de Lucas Pires e 1,27.% para a UDP de Mario Tomé!
Era obvio que tal iria acontecer para qualquer um que como eu andasse no terreno da luta social sindical e sentisse as reações da Cidadania à perda crescente do poder de compra e da estabilidade no emprego sem quaisquer contrapartidas!
1983 / 1986 deveriam ser anos a estudar atentamente para se entender como a Cidadania castiga e de seguida apoia um lider que nas sondagens esteve bem proximo do zero levando-o merecidamente à Presidência da Republica por duas vezes !
Mário Soares nunca foi um MFA foi sempre um civilista descrente das revoluções militares e dos militares revolucionários e deixava a luta armada a. comoanheiros guerrilheiros como o Palma Inácio e a sua LUAR em um sao convivio nao fosse ter de voltar a haver LUAR
Aparentemente esta será a ultima iniciativa do centenário do seu nascimento e merece aqui e de imediato uma nota,
Mario Soares liderou o mais importante combate do seculo XX pela Democracia, burguesa mas Democracia, e ao que parece olhando para os oradores deste congresso tudo estará esquecido
Nao ha um europeu, nao ha um Palop entre os Oradores!?
Lá os europeus … hoje serao gente de má memoria …
Mas nem um unico cidadao dos PALOP?
No entanto Mário Soares co-liderou as ligações para as Independências dos PALOP com um MFA que so queria realmente despachar o assunto e por isso se houve reconhecimento da independência angolana a 11 de novembro de 1975, o Governo Português so reconheceu a autoridade do MPLA, e do Presidente de Angola Agostinho Neto, a 22 de dezembro de 1976 e dadas as pressões internacionais
50/51 anos depois das Independências as razoes para dar razao a Mario Soares sao mais que muitas e o tema nao deveria ser num Congresso Internacional sobre Mario Soares alvo de uma única reflexão
Mario Soares, Melo Antunes, Otelo Saraiva de Carvalho e à extrema direita Spinola tiveram larga responsabilidade no processo que levou ao fim do luso império
Como é possivel tanto minorar do findar do Imperio num Congresso “internacional” e com uma comissão cientifica de 21 academicos talvez um nao português?
Mario Soares, que com Antonio Janeiro assinou a minha adesao ao PS ( de onde ja saí) merecia melhor que este coimbrao evento!