Mondlane ficou irritado porque o indulto presidencial que entrou em vigor na segunda-feira abrangia apenas um pequeno número das milhares de pessoas presas durante os distúrbios pós-eleitorais que ocorreram entre outubro de 2024 e março de 2025.

Segundo Mondlane, falando em seu canal no Facebook, ainda há mais de 2.700 pessoas encarceradas por seu suposto envolvimento nos tumultos e manifestações que se seguiram ao anúncio dos resultados eleitorais amplamente considerados fraudulentos.

Das 751 pessoas libertadas da prisão pelo indulto presidencial, apenas 22 haviam sido detidas por causa dos distúrbios pós-eleitorais.

Mondlane lembrou que, em 23 de março, havia assinado um acordo com Chapo que incluía o reconhecimento da necessidade urgente de libertar todos os detidos pela polícia durante os protestos.

Mondlane afirmou que havia um acordo para que o parlamento do país, a Assembleia da República, aprovasse leis de anistia e indulto para os detidos.

Mas, oito meses depois, nada aconteceu. Chapo, acusou Mondlane, não apresentou um projeto de lei de anistia à Assembleia.

Mondlane temia que Chapo quisesse manter a maior parte dos detidos na prisão.

Ele considerava o indulto anunciado na segunda-feira uma mera formalidade.

Chapo havia incumprido o acordo firmado com Mondlane e preferia "uma agenda subversiva para manter essas pessoas detidas ilegalmente".

Ele havia concedido indulto a pessoas acusadas de outros crimes, como roubo, mas preferiu manter encarcerados aqueles que protestaram contra eleições fraudulentas.

Durante a transmissão, Mondlane exibiu um documento que, segundo ele, era a ata de sua reunião de março com Chapo.

Chapo negou ter chegado a qualquer acordo com Mondlane, e Mondlane rejeitou essa alegação com as palavras "o presidente ilegítimo de Moçambique é desonesto".

 

 

 

 

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