Axel Kicillof liderando a campanha contra Milei, e com uma estratégia de nacionalizar a disputa, e ultrapassa em mais de sete pontos percentuais o resultado obtido nas eleições de meio de mandato de seu primeiro mandato.
“Ele é o nosso candidato presidencial”, disse Mario Secco, prefeito de Ensenada, ao jornal La Nación.
A disputa latente entre Milei e Kicillof, que agora se tornou o protagonista da oposição, definirá os próximos dois anos de mandato do presidente argentino. Alguns sinalisam que ainda é cedo demais, e que isso pode prejudicar o governador.
Discretamente, Kicillof, que foi recebido no domingo na sede do Força Pátria com aplausos e gritos de "Se sente, Axel presidente!", já deu uma ordem ao seu círculo íntimo.
“Se eu for candidato em 2027, não quero acabar como Alberto [Fernández]. Vamos trabalhar com um plano para ter tudo pronto e unificado antes que os resultados das urnas nos surpreendam. Primeiro nos alinhamos, depois governamos”, Kicillof.
Economista e doutor pela Universidade de Buenos Aires (UBA), Kicillof foi nomeado vice-gerente geral da Aerolíneas Argentinas, e no início do segundo mandato de Cristina Kirchner como presidente, Kicillof foi nomeado Secretário de Política Economica e Planeamento do Desenvolvimento, cargo no qual se envolveu nareestatização da Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF), primeira grande estatal argentina e maior empresa de energia do país.
Em 2013, foi nomeado Ministro da Economia, cargo que ocupou até o fim do governo Kirchner.
Nas eleições de 2015, foi eleito deputado nacional pela Cidade de Buenos Aires (CABA), representando o partido Frente para a Vitória.
Em 2019, conquistou o governo da província de Buenos Aires e foi reeleito e permanecerá no cargo até 2027, ano das eleições presidenciais.
Kicillof construiu sua base dentro do peronismo, mas buscou traçar um caminho próprio com um suficiente distanciamento uando decidiu descolar as eleições de Buenos Aires das nacionais, uma manobra que simbolizou sua intenção de autonomia frente ao kirchnerismo.
Nos últimos meses, ele se consolidou como principal voz opositora ao governo Milei.
Mas atençao o governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, manifestou seu apoio à ex-presidente Cristina Kirchner na quarta-feira, horas após a Suprema Corte de Justiça confirmar a pena de seis anos de prisão contra Cristina Kirchner por atos de corrupção no chamado "Causa Vialidade" (Caso das Estradas). " É um cenário novo porque essa definição foi tomada impunemente. A sentença tem um caráter intimidatório e disciplinar para a liderança política. Cristina é condenada por algo inexplicável do ponto de vista de suas responsabilidades. Além do fato de que não se constatou subexecução nem desvio de verbas. São obras que estão aí, foram pagas pela província (de Santa Cruz) quando Cristina não era funcionária provincial, era presidente", disse Kicillof em declarações à Rádio El Destape.