Por exemplo a adesão da Colombia ao programa da RPChina é vista como uma expansão do poder chinês na região, algo que preocupa Washington, segundo a AFP.
Na verdade, dois terços dos países latino-americanos já fazem parte desse projeto, que é central na estratégia do presidente chinês, Xi Jinping, de ampliar a influência economica e política da RPChina no continente.
Durante uma cimeira com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em Pequim, Xi apresentou-se como um parceiro confiável em tempos de "confrontação" e "protecionismo", e anunciou um pacote de US$ 9,2 biliões (R$ 51,8 biliões) em créditos para o desenvolvimento da América Latina e do Caribe.
A região tem sido um alvo prioritário para a RPChina, que já é parceira comercial de países como Brasil, Peru e Chile.
Na quarta-feira, 14.05, o presidente colombiano, Gustavo Petro, formalizou a adesão à chamada "Iniciativa do Cinturão e Rota", o que gerou reação negativa nos EUA, tradicional aliado estratégico de Bogotá e principal parceiro comercial.
Petro, nas redes sociais, comentou que a adesão à Rota da Seda "muda a história de nossas relações exteriores". Contudo, o governo de Trump não pretende permitir que o projeto avance sem resistência.
Numa publicação na plataforma X, o Departamento de Estado para as Américas afirmou: "os Estados Unidos vão se opor energicamente a projetos recentes e aos próximos desembolsos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de outras instituições financeiras internacionais para empresas estatais e controladas pelo governo chinês na Colômbia".
Os EUA possuem uma influência significativa no BID, dado que sua contribuição financeira determina o poder de voto no banco.
Além disso, Washington deixou claro que pretende adotar a mesma postura em outros países da região onde a Iniciativa da Rota da Seda se estabeleça. "Esses projetos colocam em perigo a segurança da região", alertou o Departamento de Estado.
A publicação também destacou que "os dólares dos contribuintes norte-americanos não devem ser utilizados de nenhuma maneira por organizações internacionais para subsidiar empresas chinesas em nosso hemisfério".