Em nome da Liberdade Responsável perante um Ambiente dia após dia mais degradado urge agir e divulgar os movimentos anti crise climática.
Um voo de um jacto privado entre Lisboa e Nova Iorque por exdmllo emite mais CO2 do que um ano de consumo energético para aquecimento numa casa europeia, alertam os ativistas da Scientist Rebellion e da Extinction Rebellion.
Entretanto, o número de jatos privados que aterrou em Sharm el-Sheikh indignou muitos ativistas que apontaram o dedo à “hipocrisia” de alguns dos que se deslocaram para a conferência do Clima (COP27) por este meio, ao mesmo tempo que dizem estar a lutar contra a crise climática.
Só entre 4 e 6 de novembro (dia em que começou a COP27) o FlightRadar24 (um sistema que disponibiliza a visualização cartográfica de aviões do mundo todo, em tempo real), identificou pelo menos 36 aviões privados a aterrarem na estância turística egípcia onde decorre a conferência.
O cinismo dessas gentes atinge o grau da ofensa coletiva e publica!
Um grupo de Países em Desenvolvimento avançou com uma proposta junto da ONU para que fosse criada uma taxa de carbono global de “justiça climática” – aplicada à aviação, aos navios ou à extração de combustíveis – para ajudar a financiar as perdas e danos, e a adaptação nos países mais pobres afetados pelas alterações climáticas.
“É obsceno que Jeff Bezos ou Bill Gates possam voar nos seus jatos privados sem impostos, enquanto as comunidades globais morrem à fome”, critica Gianluca Grimalda, investigador de ciências sociais. O ativista da Scientist Rebellion defende ser “justo que os poluidores ricos paguem mais para os fundos de perdas e danos climáticos para ajudar os países mais vulneráveis a adaptarem-se”.
E por falar da cobertura recente de celebridades como Taylor Swift e políticos como Rishi Sunak que abusam dos jatos particulares para viagens curtas reacendeu o debate sobre a justificabilidade de seu uso.
À medida que cresce a pressão pública, alguns governos estão a tentar reduzir o número de voos de curta distância realizados por aeronaves comerciais e privadas.
“Estima-se que, em 2022, o uso de seu jato particular ( a sra Swift), criou mais de 8.000 toneladas de emissões de carbono, o que é bem mais de 500 vezes a produção anual de carbono do americano médio de todas as fontes, ou cerca de 1.000 vezes a do europeu médio”, disse Rob Barlow, professor de ética e responsabilidade corporativa na Hult International Business School, à Airport Technology.
O cerne da questão dos jatos particulares é que eles têm uma pegada de carbono por passageiro dramaticamente maior do que as alternativas comerciais.
Um relatório de 2021 da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente concluiu que os jactos privados são cinco a 14 vezes mais poluentes por passageiro do que os voos comerciais e 50 vezes mais poluentes do que os comboios.
Este relatório também afirma que alguns jactos privados emitem duas toneladas de CO2 por hora, o que é surpreendente quando comparado com a produção média anual por pessoa de 8,2 toneladas nas economias avançadas.
( https://www.airport-technology.com/features/how-bad-are-private-jets-for-the-environment/?cf-view )
E perante estas informações como pode que a lusa justiça assoberbada de atividade perde tempo com tais processos?
Leiam, pois, criticamente, o Comunicado,
Foi ontem a primeira sessão do julgamento dos apoiantes do Climáximo que em Dezembro de 2023 bloquearam um jato privado no Aeródromo de Cascais.
Decorreu ontem, 22 de Maio, a primeira sessão do julgamento dos apoiantes do Climáximo que, em Dezembro de 2023, entraram no Aeródromo de Cascais em Tires e pintaram um jato privado, bloqueando-o depois com os seus próprios corpos.
Inês Teles, porta-voz e arguida, relembra que “fizemos a ação para denunciar o crime que é andar de jato privado: uma só viagem de Lisboa para Nova Iorque tem mais emissões de CO2 do que uma família média portuguesa consegue emitir num ano”. O Climáximo denuncia os “voos de luxo dos super-ricos” e avança como necessário “cortar as emissões de luxo e voos supérfluos, travar o plano para o novo aeroporto de Alcochete e a expansão da Portela, e ao mesmo tempo desenvolver amplamente a rede ferroviária nacional e internacional”.
A sentença será conhecida no dia 20 de Junho. No próximo dia 27 às 14h, voltam ao banco dos réus do Campus de Justiça em Lisboa os “Onze de Abril”, os onze ativistas que bloquearam a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco.
O Climáximo afirma que “a repressão não nos demove”, e que “é preciso toda a sociedade parar de consentir com este sistema que nos está a levar ao colapso”. O coletivo convoca “todas as pessoas” à manifestação “Nós Fazemos o Futuro” no dia 1 de Junho às 15h no Largo Camões, marcha convocada por mais de uma dezena de organizações através da plataforma Salvar o Clima a poucos dias das eleições europeias.
Assessoria de imprensa: Matilde Alvim (915041438)
Joffre Justino