Assim, o presidente Lula da Silva embarca de Moscovo, rumo à RPChina, onde participará no fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

Após uma série de acordos estratégicos firmados na Rússia, o presidente Lula vai à  RPChina, onde, durante a visita de Estado, assinará 16 atos bilaterais.

O esforço do governo em ampliar os canais de comércio surge como resposta ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Trump, ao Brasil. De acordo com a Casa Branca, o Brasil sofrerá uma taxa-base de 10% sobre exportações aos EUA. 

A Celac também vê em Pequim um parceiro estratégico perante esta guerra comercial.

A postura da RPChina com seus parceiros comerciais latino-americanos distancia-se radicalmente do tipo de relação desigual predominante nos acordos defendidos por Trump, onde a prioridade está na espoliação, e em acordos desvantajosos.

A RPChina concentra esforços em apoiar o desenvolvimento e a prosperidade na América Latina com  mecanismos de cooperação em áreas estratégicas como comércio, investimento, infraestrutura e tecnologia, sempre sob o marco do benefício mútuo e respeito à soberania.

Segundo confirmou a chanceler colombiana ao RT, Laura Sarabia, está prevista a participação de 17 chanceleres neste encontro ministerial, além dos presidentes Lula, Gustavo Petro, da Colômbia, e Gabriel Boric, do Chile.

No último dia 9 de abril, Bogotá assumiu a presidência pro tempore da Celac.

Nesta reunião ministerial, segundo adiantou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, serão debatidas estratégias de desenvolvimento, desafios, solidariedade e estabilidade no Sul Global.

O presidente Lula já manifestou publicamente apoio às medidas chinesas de responder com tarifas recíprocas aos EUA e expressou disposição a trabalhar com  a RPChina na defesa do livre comércio, na proteção dos acordos internacionais e na oposição às violações da justiça internacional.