Ná verdade, mal o Papa Francisco se tornou em 2013, o líder da Igreja Católica Romana este cardeal Raymond Burke, um cardeal estadunidense , se tornou o seu fidagal inimigo o seu principal crítico dentro da Igreja, um verdadeiro antipapa liderando os tradicionalistas frustrados que acreditam que Francisco estava a diluir a doutrina católica.

Bem recentemente, este cardeal realizou uma conferência chamada The Synodal Babel em Roma, na véspera do Sínodo do Papa, enfim a reunião dos bispos, no mês passado, e como a palavra sínodo tem sua origem no idioma grego — sýnodos — e quer dizer “caminhar juntos”, referir que estar caminhar juntos para a Babel é altamente insultuoso para o papa Francisco !

Estes Cardeal Burke faz parte de um grupo de ultra conservadores estadunidenses que há muito se opõe aos planos do Papa para reformar a Igreja Católica.

As decisões de papa Francisco quanto a este cardeal são “sem precedentes na era Francisco”, disse à BBC Christopher White, observador do Vaticano que escreve para o National Catholic Reporter.

“Normalmente, os cardeais aposentados continuam a residir em Roma depois de renunciarem aos seus cargos, muitas vezes permanecendo ativos nas liturgias papais e nos deveres cerimoniais”, disse ele. “Expulsar alguém do seu apartamento no Vaticano estabelece um novo precedente.”, o que realça que a cisao é clara entre os burkeistas e o papa Francisco do ponto de vista deste depois certamente da referida The Synodal Babel que é inacreditável na relação entre um cardeal e o seu papa!

Segundo White a decisão poderia “provocar uma reação negativa significativa” e aprofundar as divisões entre o Vaticano e a Igreja dos EUA, onde já existe “fragmentação”, o que se nos lembrarmos de Trump e até deste democrata conservador Biden..!

O Papa revelou a sua decisão de de agir contra o cardeal numa reunião com responsáveis dos escritórios do Vaticano na semana passada. Note-se que no início deste mês, ele demitiu Joseph Strickland, um bispo ultraconservador do Texas que criticou suas tentativas de levar a Igreja a posições mais liberais sobre o aborto, os direitos dos transgêneros e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A remoção ocorreu após uma investigação da Igreja sobre a governança da diocese.

Já meses antes, o Papa dissera aos membros da ordem religiosa jesuíta em Portugal que havia “uma atitude muito forte, organizada e reaccionária na Igreja dos EUA”, que chamou de “atrasada”, segundo o Guardian.

A crise com o Cardeal Burke, que foi nomeado pelo Papa Bento XVI, têm estado em crescente ebulição há quase uma década, com o prelado estadunidense a criticar abertamente o Papa Francisco sobre questões sociais e litúrgicas.

“A situação do Cardeal Burke parece resultar da sua gradual alienação do Papa”, disse o Sr. White. "Parece que o Papa vê Burke como promotor de um culto à personalidade, centrado no tradicionalismo ou em ideais regressivos. Esta acção parece ter como objectivo limitar a influência de Burke, cortando os seus laços com Roma."

Burke também se juntou a colegas ultraconservadores na publicação de uma “declaração de verdades” em 2019 que descreveu a Igreja Católica como estando desorientada e confusa como resultado deste Papa Francisco, dizendo que se tinha afastado dos ensinamentos fundamentais sobre divórcio, contracepção, homossexualidade e género.

E sem que seja de estranhar claro que discordou da promoção das vacinas Covid que o Papa Francisco incentivou!

Michael Matt, colunista do jornal católico de direita The Remnant, escreveu que a acção mais recente tomada contra o Cardeal Burke mostrou que o Papa Francisco estava a “cancelar prelados fiéis que oferecem cobertura hierárquica a iniciativas pró-vida, pró-família, pró-tradição”. linha-dura", decisão que já está atrasada

Há quem diga que o respeito e amizade pelo papa emérito Bento XVI é que esteve a travar o papa Francisco na limpeza que ora parece iniciar no cardinalato vaticanista

Joffre Justino

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