Relativamente à transplantação destes três jacarandás, a Câmara Municipal de Lisboa (CML), liderada por Carlos Moedas (PSD), disse que dois irão para a Praça Andrade Caminha e um para a Rua Marquês da Fronteira, e que vão ser transplantados mais dois plátanos que se encontram numa das ruas próximas.
“Quanto a toda a restante intervenção para este eixo, foi pedido um novo esforço de reavaliação por parte dos serviços técnicos da autarquia e do promotor do projeto, procurando perceber se existe mais alguma possibilidade exequível que não tenha sido devidamente equacionada”, indicou a CML, referindo-se ao plano previsto de abate de 25 jacarandás na Avenida 5 de Outubro.
Isto acontece um dia depois da sessão de esclarecimento, com mais de quatro centenas de participantes, em que a vereadora do Urbanismo, Joana Almeida (independente eleita pela coligação "Novos Tempos" PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), afirmou que a autarquia "não pode incumprir" o contrato com a Fidelidade Property no projeto de Entrecampos.
O plano inicial previa a remoção de 47 árvores no eixo da Avenida 5 de Outubro, onde há 75 jacarandás, definindo que 30 seriam mantidos, 20 transplantados (a que se juntariam dois plátanos) e os restantes 25 abatidos. Simultaneamente, o projeto determina que serão replantados 39 jacarandás, a que se juntarão 49 outras árvores.
Em questão está a construção de um parque de estacionamento subterrâneo.
Contra este processo, a petição “Não ao abate dos jacarandás da Avenida 5 de Outubro”, criada na sexta-feira, 21 de março – Dia da Árvore, reúne hoje mais de 54.000 assinaturas.
A autarquia entretanto reavaliou o acordo alcançado com o promotor do projeto urbanístico de Entrecampos, a Fidelidade Property, para a plantação de mais 200 jacarandás em Lisboa, assim como o compromisso do atual executivo municipal para “uma cidade com mais espaços verdes e com mais árvores”.