A ONU, a Biodiversidade e Cabo Verde

A ONU prepara-se para disponibilizar perto de 2,7 milhões de euros a Cabo Verde para apoiar a melhoria da gestão da biodiversidade no país.

Este projecto começará a concretizar-se inicialmente em duas ilhas, conforme o acordo hoje, 27.05, assinado. O acordo, foi assinado pela directora Nacional do Ambiente, Ethel Rodrigues, e pelo representante das agências das Nações Unidas no arquipélago (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Fundo das Nações Unidas para a População e o Fundo das Nações Unidas para a Infância) para financiar o Sistema Nacional de Governança e da Biodiversidade.

Com uma duração de cinco anos, as actividades vão ser concretizadas, numa primeira fase, nos parques naturais das ilhas de Santo Antão e da Boa Vista.

Gilberto Silva, ministro da Agricultura e Ambiente, frisou que Cabo Verde já dispõe de um quadro de governança da sua biodiversidade, mas que quer agora reforçar os instrumentos de gestão.

A ideia, é dar “mais sustentabilidade, mais durabilidade” ao projecto e conseguir “melhores instrumentos” de mobilização e de utilização de financiamentos, para alcançar uma “gestão sustentável” dos recursos naturais vivos em Cabo Verde, assegurando, "que a conservação da biodiversidade possa também contribuir para a melhoria da qualidade do ambiente, do rendimento das famílias e do bem-estar”, referiu o ministro, que aponta para o envolvimento das comunidades locais no projeto.

O representante das agências das Nações Unidas, David Matern, afirmou que o projecto vai posicionar a biodiversidade como um “recurso basilar” para a resiliência socioeconómica do país.

Aumentar as práticas de conservação, aumentar e diversificar o financiamento para este sector e dar mais eficiência à gestão das áreas protegidas são alguns dos benefícios esperados com o acordo hoje assinado.

Joffre Justino