O embaixafor Celso Amorim, assessor internacional do presidente Lula, alerta que os ataques ao multilateralismo comercial são perigosos retrocessos dos anos 1930, quando a guerra tarifária acelerou a Grande Depressão e pavimentou o caminho para a Segunda Guerra Mundial.
Como vêm a História conta-nos que a vir uma III Guerra Mundial ela virá potencialmente mais dos protecionistas EUA.
O "tarifaço" de Trump não é uma política economica racional, mas um ato de desespero de uma potência que surge em declínio, e rejeita as próprias regras que impôs ao mundo durante décadas. Os EUA construíram a sua supremacia industrial com altas tarifas e subsídios maciços, do século 19 ao New Deal, mas hoje condenam medidas similares quando adotadas por outros países.
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, agora alerta que tarifas causam inflação e desemprego - uma ironia cruel, já que seu país enriqueceu justamente rompendo com esses dogmas. O neoliberalismo pós-1991 foi tão neocolonialista e antipovo quanto o protecionismo fascista do século 20 servindo interesses imperiais, e sempre contra os povos do Sul Global.
Ao contrario dos EUA, que só oferece as imposições do FMI. a RPChina até agora oferece investimentos em portos, ferrovias e energia, o que é essencial para a reindustrialização de países como o Brasil.
Com os BRICS o Brasil está a escapar da condição de quintal de Washington, que historicamente sabotou projetos nacionais, da Petrobras à Embraer.
A China surge agora a liderar a revolução tecnológica e energética do século 21, dominando setores estratégicos como energias renováveis, veículos elétricos e inteligência artificial.
A RPChina controla 80% do mercado global de painéis solares e 60% das turbinas eólicas. Parcerias com gigantes como BYD podem acelerar a indústria automovel verde do Brasil, enquanto empresas como Huawei e ZTE oferecem soluções em 5G e infraestrutura digital a custos competitivos, sem as amarras geopolíticas das empresas ocidentais.