Esses cofres foram abertos em 25 de junho, depois que a própria Presidência contatou a Polícia Federal para verificar seu conteúdo.
Segundo a polícia, os itens encontrados não haviam sido catalogados previamente, o que tornou necessário esclarecer sua origem e propriedade.
O interrogatório pretende obter explicações de Bolsonaro sobre a propriedade e a origem das coleções e documentos encontrados nos cofres, uma vez que não constavam anteriormente em registros oficiais.
Caso Bolsonaro seja interrogado, o seu depoimento poderá esclarecer se houve irregularidades na forma como esses recursos e arquivos foram levados ao Palácio da Alvorada ou removidos após o término de seu mandato.
Dependendo do que ele disser ou deixar de explicar, a Polícia Federal poderá ampliar a investigação ou iniciar outros procedimentos legais relacionados a possíveis crimes (como ocultação de bens ou desvio de verbas públicas).
A exigência de um interrogatório formal também reforça o papel de fiscalização que o Judiciário exerce sobre as ações do governo anterior. A legislação brasileira exige que uma figura na posição e situação de Bolsonaro tenha garantidas medidas processuais específicas para ser ouvida. O interrogatório formal pode fortalecer a investigação e potencialmente levar a novas ações judiciais, caso haja indícios de irregularidades.
Jair Bolsonaro governou o Brasil entre 2019 e 2022, período marcado por políticas de desmantelamento de direitos sociais e ataques constantes às instituições democráticas. Em 2025, o ex-militar permanece preso após receber uma sentença histórica por organizar e promover ações desestabilizadoras que culminaram na tomada dos três poderes em Brasília.