Sanders denunciou o avanço do oligopólio economico e a escalada autoritária do governo, convocando a população a se organizar e resistir. "Não é momento para desespero. Precisamos ser inteligentes, organizados e lutar de volta", incentivou o senador.

Desde sua posse neste  segundo mandato, Trump tem implementado medidas que desafiam princípios democráticos e so reforçam o poder de bilionários sobre a política estadunidense.

Sanders destacou que, ao lado deste  presidente verdadeiro césar romano, figuram alguns dos homens mais ricos do mundo, como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg. "Esses três sozinhos acumularam mais de US$ 2 bilioes em riquezas desde a reeleição de Trump, enquanto a desigualdade social se aprofunda", denunciou.

O senador também criticou duramente a tentativa do presidente de cortar financiamentos federais essenciais para a população mais vulnerável, incluindo programas como Medicaid, auxílio para veteranos de guerra e alimentação para famílias de baixa renda.

“Milhões de estadunidenses sofreriam com essa medida, mas a indignação popular e decisões judiciais ajudaram a barrar parte dessas iniciativas", disse ele.

Outro ponto de preocupação levantado por Sanders é o ataque de Trump à imprensa livre.

Ele denunciou o uso de processos judiciais contra grandes redes de comunicação, como ABC, CBS e jornais regionais. "Esse tipo de intimidação é um ataque direto à Primeira Emenda e ao direito da sociedade de se informar", enfatizou.

… E nós nao esquecemos o que Zuckerberg no fez !

Sanders destacou a importância da organização popular para barrar projetos polemicos em tramitação no Congresso.

Ele realçou que a maioria republicana é pequena na Câmara dos Representantes, com apenas quatro votos de diferença, o que torna possível pressionar parlamentares vulneráveis. "Cada telefonema e cada e-mail fazem diferença. Se discordamos de um projeto de lei, devemos fazer nossa voz ser ouvida", incentivou o senador, compartilhando o número do Capitólio para contatos diretos com congressistas.

Entre as propostas que ele considera mais perigosas está a chamada "Lei de Reconciliação Orçamental", que visa conceder cortes massivos de impostos para os ultra-ricos, financiados por reduções em programas sociais vitais. "Em um momento de desigualdade histórica, cortar serviços essenciais para beneficiar bilionários é inaceitável", afirmou.

Sanders também se manifestou contra a política de deportações em massa de Trump, classificando-a como "imoral" e "economicamente desastrosa". Segundo ele, deportar famílias que vivem pacificamente no país há décadas enfraquece comunidades e setores inteiros da economia.

Outro tema abordado foi a crise climática, agravada pela insistência do governo Trump em expandir a exploração de combustíveis fósseis. "Temos eventos climáticos extremos devastando comunidades. Permitir mais perfuração para extração de petróleo é irresponsável", criticou.

Sanders reforçou a necessidade de lutar por políticas progressistas amplamente apoiadas pela população como o aumento do salário mínimo para US$ 17 por hora, o direito universal à saúde e investimentos em habitação acessível.

“Não podemos dar-nos ao luxo de reclamar ou resignarmo-nos. A luta é agora, e devemos agir juntos para garantir um futuro justo para todos", concluiu.

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