Os atacados não foram de um lado do expectro.
Não esqueço a invasão judicial à casa de Rui Rio, porque de certa forma é um outsider deste sistema montado.
A atuação
na Madeira também foi uma coisa para uma cena de filmes da Broadway. Resultados?
Depois, vai-se a ver e a montanha pariu um rato.
O objetivo é a destruição e o descrédito do regime democrático, parlamentar.
E falo sim do caso Sócrates, tão mediático, com tantas provas, já condenado na praça pública, e com tão diligentes procuradores no processo. Afinal parece que, segundo o juiz que apreciou o caso, e fê-lo em direto para as televisões, este está cheio de ilegalidades, de erros processuais, de inconsistências de prova...afinal, passados tantos, tantos anos, em que o caso vinha, cirurgicamente, da justiça para algumas manchetes, em ciclos eleitorais, nada se sabe, nada se decidiu.
Não nunca fui apoiante de Sócrates, antes pelo contrário, mas sempre no campo da política.
E coisa curiosa, sabem quem é um dos dois procuradores que tantas ilegalidades, tantos erros processuais e inconsistências de prova, mais o tempo em que passavam as informações para os jornais, cirurgicamente, e que tantos anos andou com o processo Sócrates na mão, para dar este triste resultado??
Sabem quem é?
Pois foi "promovido" a Procurador Geral da República, pelos serviços prestados.
Isto depois do golpe de estado da anterior procuradora contra o governo de António Costa.
Só me lembro de um pequeno texto do Mário Henriques Leiria inserto nos "Contos do Gin Tónico".
Está em causa a democracia, o regime democrático, o regular funcionamento das instituições, a Constituição da República e a necessária e impreterível separação dos três poderes. Continuo a defender a fórmula adotada nalguns regimes de democracia liberal, de escrutínio democrático da Justiça.
Há que acabar com esta ausência de escrutínio democrático da Justiça e balizar constitucionalmente, muito bem, essa de um órgão de soberania ter um sindicato. Acaba por ser a extensão corporativa, política, desse órgão e não coisa diversa. Lá se vai a separação e independência dos três poderes, caraterísticos e essenciais, do estado de dirteito democrático.
Pensem nisto, por favor, pois o que está preparado pode ser uma tragédia, de novo, para este país, contra a democracia, a Constituição de Abril e o povo português. E não, já não teremos os militares de Abril para nos salvar de novas ditaduras e novas iniquidades civilizacionais. O esquema já está montado e em desenvolvimento, os vários componentes estão encaixando e em marcha.