Recentemente, um caso envolvendo a concessionária de autoestradas Ascendi veio a público, expondo o tratamento inadequado aos utentes e a falta de resolução dos problemas relatados.

O episódio remonta a setembro de 2022, quando um incidente na portagem de Monte Abrão, na A16, deixou um veículo com danos no pneu, alegadamente causados por um objeto na via. O condutor, confiante na assistência de um colaborador da Ascendi presente no local, optou por não chamar as autoridades, uma vez que o referido funcionário assegurou a ocorrência dos factos.

Uma resposta insatisfatória e demorada

Passados nove meses, a resposta oficial da Ascendi deixou muito a desejar. Apesar das provas fotográficas e do testemunho do colaborador Carlos Lopes, a empresa eximiu-se de qualquer responsabilidade, mencionando que não havia prova concreta do incidente e justificando que a ausência de uma autoridade no local invalidava a reclamação. Esta postura gerou revolta por parte do utente que, sentindo-se enganado, descreveu a análise da Ascendi como “lacónica” e “desconsiderada”, revelando um profundo desrespeito por quem utiliza as suas autoestradas.

Colaboradores que confundem em vez de esclarecer

A gravidade do caso não reside apenas na resposta evasiva e tardia, mas também nas ações do colaborador mencionado. De acordo com o cliente, o funcionário na portagem sugeriu não contactar a polícia, garantindo que estava ali para apoiar e testemunhar a situação. Esta recomendação levou o condutor, um jovem com pouco experiência ainda de condução, a acreditar que a Ascendi assumiria a responsabilidade, o que não aconteceu.

Aparentemente, esta não é uma situação isolada. Vários relatos em fóruns online apontam para um padrão de comportamento similar por parte da Ascendi, onde o atendimento aos clientes é caracterizado por contradições e falta de transparência. Tais práticas não só minam a confiança nos colaboradores como geram um sentimento de frustração e impotência nos utentes.

A responsabilidade de uma concessionária vai além do asfalto

Como concessionária de autoestradas, a Ascendi tem a responsabilidade de garantir a segurança e a satisfação de quem utiliza as suas vias, algo que claramente falhou neste caso. Ao evitar assumir responsabilidades e ao dar respostas evasivas, a empresa arrisca a sua reputação, manchando a perceção de confiança que deveria existir entre um prestador de serviços e os seus clientes.

O caso agora está a ser reavaliado, e o cliente já avançou com novas reclamações formais, exigindo uma análise mais criteriosa e imparcial. O que está em jogo não é apenas a resolução de um incidente, mas sim a credibilidade de uma empresa que, ao que parece, não respeita quem diariamente utiliza os seus serviços.

Conclusão: O que fazer para mudar?

Se a Ascendi deseja preservar a sua reputação, é imperativo que reveja as suas práticas de comunicação e assistência. Os utentes esperam ser tratados com dignidade e respeito, especialmente quando confiam na palavra dos colaboradores presentes no local. Reiterar a importância de formação adequada para os funcionários e de um atendimento transparente e ético pode ser o primeiro passo para restaurar a confiança dos seus utilizadores.

O futuro da Ascendi dependerá não apenas da qualidade das suas infraestruturas, mas também da forma como trata quem por lá circula. Afinal, não se trata apenas de asfalto e portagens – trata-se de pessoas e do respeito que merecem.

“A sensação de injustiça é avassaladora, especialmente quando confiamos numa empresa que deveria zelar pela nossa segurança e acabamos por ser nós a pagar o preço – literalmente – pelos danos que ela se recusa a reconhecer.”, disse este utente descontente e que em todos os palcos que pisa, conta esta história de uma empresa pouco sustentavel na sua relacao com a verdade!
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Fotos apresentadas pelo reclamante