Chris Beauchamp, analista-chefe da IG, nota que “as novas tarifas agressivas de Donald Trump sobre o México, o Canadá e a China apanharam os mercados desprevenidos, forçando os analistas a rever rapidamente as suas previsões económicas” e realça que o Goldman Sachs prevê que as medidas anunciadas por Trump poderão reduzir o PIB em 0,4% e aumentar a inflação em 0,7%, enquanto o Morgan Stanley estima “um impacto ainda mais severo, com potencial para reduzir o PIB dos EUA até 1,1%”.

Os impostos de importação iminentes sobre o México, o Canadá e a China serão um grande teste à utilização pouco ortodoxa das tarifas por parte de Trump, que ele descreve como “a melhor coisa alguma vez inventada” e que porá fim às logicas da economia liberal que sustentou o mundo desde o fim do periodo do alcoolico Ieltsin 1991.

É uma aposta enorme, que tem o potencial de alterar aquilo que mais preocupa muitos eleitores: a economia e o custo de vida mas podem sair pela culatra, elevando os já elevados preços ao consumidor nas mercearias, abalar o instável mercado de ações ou matar empregos numa guerra comercial total.

“Este pode ser o maior gol contra até agora”, disse Mary Lovely, analista  senior do Instituto Peterson de Economia Internacional, à CNN em entrevista por telefone.

“Esta é uma aposta enorme. É uma receita para desacelerar a economia e aumentar a inflação.”

Tamb o  Wall Street Journal publicou  um artigo de opinião arrasador  no sábado, 01.02,  intitulado: “A guerra comercial mais idiota da história”, onde se defendia que a justificação de Trump para um “ataque económico” ao Canadá e ao México “não faz sentido” e alertava que a estratégia poderia terminar em desastre.

Já Trump vê as tarifas como uma ferramenta de negociação quase mágica, para ganhar vantagem sobre amigos e aliados usando as tarifas para dar resposta às principais preocupações, incluindo o défice comercial, a imigração ilegal e o fluxo de drogas ilícitas.

Trump acionou tarifas sobre US$ 1,4 triliões em produtos importados no sábado mais do triplo dos 380 mil milhões de dólares em bens estrangeiros que foram atingidos por tarifas durante o primeiro mandato de Trump, de acordo com estimativas da Tax Foundation.

Hoje a vida é muito mais cara, no supermercado, na concessionária e em quase todos os outros lugares com os consumidores, os investidores e os responsáveis ​​da Reserva Federal a estarem  agora muito mais sensíveis a aumentos moderados de preços e alguns economistas e especialistas em comércio estão preocupados porque as taxas visam os vizinhos mais próximos da América, o Canadá e o México sendo que para o Mexico ja adiou a aplicação por 1 mês!