A informação foi divulgada por Lauro Jardim, de O Globo, que relatou  uma reunião reservada envolvendo o juiz Alexandre de Moraes e o comandante do Exército, general Tomás Paiva.

O encontro ocorreu na noite desta segunda-feira, 17.11, fora das agendas oficiais, e contou também com a presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

Disse  O Globo, que a conversa teve como foco os cenários para o eventual cumprimento da ordem de prisão de Bolsonaro, cuja formulação deverá ocorrer na próxima semana.

Durante a reunião, o general Tomás Paiva não opinou sobre qual regime prisional Moraes deve determinar — seja fechado ou domiciliar —, reconhecendo que essa escolha cabe exclusivamente ao STF.

No entanto, ponderou que enviar Bolsonaro ao presídio da Papuda poderia ser interpretado como uma medida excessiva em relação à condição de ex-presidente.

Diante disso, apresentou alternativas de instalações militares distribuídas pelo país para o caso de o juiz optar pelo regime fechado.

De acordo com o relato publicado por Lauro Jardim, Moraes ouviu as sugestões, mas não indicou se acolheria ou não a oferta do Exército.

O magistrado também não antecipou sua posição sobre o regime que deverá definir.

A avaliação interna em Brasília é de que a decisão sobre a prisão está iminente e poderá ser formalizada já na próxima semana, marcando um novo capítulo do processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro.