O ditador salazarento e o chamado movimento nacional africano dos anos 30 do seculo XX, estão bem por detrás de uma História mal contada sobre os PALOP e Angola em Particular  pois são uma elite determinante para a compreensão do que é o Mpla de hoje.

Se em 1884 a aceitação unilateral pela grande potencia de entao, a Grã-Bretanha das reivindicações portuguesas ao controlo da foz do rio Congo , acirrou conflitos com as restantes potências europeias rivais a  proposta pelo rei Belga conferência internacional, de Berlim (1884–1885), para dirimir os múltiplos conflitos existentes e fixar as zonas de influência de cada potência em África, gerou um entendimento entre a França e Alemanha, sob a bençao da Grã-Bretanha, que abandonou totalmente o seu anterior entendimento com Portugal e criou a Africa de hoje desenhada a regua e esquadro.

Foi assim e com a oposição de Portugal ( e dos EUA) que nasceram as conflituidades hoje vividas nesse continente dasa a partilha do continente entre as potências europeias e o estabelecimento de novas regras para a corrida à África.

Portugal andou por anos fora a vender uma Africa Portuguesa do Atlantico ao Indico apresentando a nivel das instancias internacionais um Mapa Cor de. Rods que ficou famoso.

Na verdade em Portugal esse Mapa esteve na raiz da queda da monarquia.

O famoso Mapa nao se coadugnava com os imteresses britânicos em Africa que queria  criar uma faixa de território que ligasse o Cairo à Cidade do Cabo.

Este conflito originlu o  Ultimato britânico de 1890 e derrotado Portugal o  Tratado Anglo-Português de 1891.

À Conferencia de Berlim foi uma dramatica derrota de Portugal por ter assistido à derrota da sua tese do direito histórico como critério de ocupação de território, e ainda  ter sido  obrigado a aceitar o princípio da livre navegação dos rios internacionais (aplicando-se ao Congo, ao Zambeze e ao Rovuma em território tradicionalmente português), e perdeu o controlo da foz do Congo, ficando só com o pequeno enclave de Cabinda.

Alem de ter sido obrigado a aceitar as religiões cristãs nao catolicas no seu território.

A seguir à dita Conferencia logo em 1885, Portugal procurou  negociar com a França e a Alemanha para delimitar as fronteiras dos territórios portugueses e o tratado com a França foi assinado em 1886 onde foi incluído, como anexo, a primeira versão oficial do "mapa cor-de-rosa", apesar de a França não ter interesses naquele território.

Mas no tratado com a Alemanha, concluído em 1887, o "mapa cor-de-rosa" foi novamente apenso, mas a Alemanha apenas garantiu que não tinha pretensões directas na zona.

Ora a Grã-Bretanha reagiu de imediato informando Portugal qur entendia como  nulo o pretenso reconhecimento francês e alemão do "mapa cor-de-rosa", pois aquelas potências nunca tiveram interesses na zona.

Na verdade os  anseios  portuguesas conflituavam com o mega projecto inglês de criar uma ferrovia que atravessaria o todo o

continente africano de norte a sul, ligando o Cairo à Cidade do Cabo projeto que acabaria por nunca se realizar.

O governo português, tentou dilatar a negociação, fazendo saber que as suas pretensões eram efectivamente as do "mapa cor-de-rosa", que entretanto se tinha transformado num documento com ampla divulgação pública e objecto de arraigadas paixões patrióticas (a designação de "mapa cor-de-rosa" nasceu nesta altura dado o mapa enviado ao parlamento apresentar os territórios em disputa aguados com esta cor).

Barros Gomes, o responsável pela política colonial da época, aparentemente apostou no atraso inglês no controlo efectivo das áreas disputadas e organizou expedições portuguesas que percorreram as zonas em disputa e assinaram dezenas de tratados de vassalagem com os povos autóctones ficando famosos e ainda hoje gerando conflito os Tratados com as Lideranças da Cabinda como o de Simulambuko. o de Chinfuma e o de Chicamba

Procurando o apoio do Transvaal e da Alemanha, o governo português procurou convencer o chanceler Bismarck que era do interesse bóer alemão entregar a zona central de África a um terceiro poder de modo a criar uma comunidade de interesses que obrigasse a Inglaterra a cedências.

Enfim, a finais do seculo XIX nao existia Angola havendo um espaço mal colonizado que foi sendo demarcado fronteira a fronteira com franceses sul africanos  e alemaes ( para Angola) sendo a sul demarcada em 1928 uma fronteira

Assim os Cuanhamas sao divididos a sul os lunda quiocos a leste e os bakongos a norte nascendo uma Angola que se assumia nacionalista urbana com o Mpla e congolesa com a UPA

Emfim Angola nasce por via da conflitualidade inter potencias desde a Conferencia de Berlim e continuando assim até que a Guerra Vivil potenciou o Ser Angolano apesar da mesma Guerra Civil

Ha muito que estudar na ex-direita imperial portuguesa, angolana ou euro-direita imperial portuguesa!