A Groenlândia e a Dinamarca têm rejeitado consistentemente a ideia de se tornarem parte dos Estados Unidos.

A União Europeia declarou que o bloco de 27 nações se solidariza "totalmente" com a Dinamarca, país membro, após os Estados Unidos nomearem um enviado para a Groenlândia, território dinamarquês.

Os líderes da UE, Ursula von der Leyen e António Costa, garantiram  que a segurança no Ártico continua a ser uma "prioridade fundamental" para o bloco europeu, deixando uma forte declaração de solidariedade com a Dinamarca e a Gronelândia na sequencia da controversa nomeação, pelos EUA, de um enviado especial para a região.

A sua declaração sublinha a intenção da Europa de defender os seus interesses estratégicos e manter as normas de soberania em meio à crescente competição geopolítica no Alto Norte.

Por tal a presidente da Comissão Europeia, a sra  Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, emitiram uma declaração conjunta ondd acentuaram a segurança do Ártico como uma prioridade fundamental da UE.

Afirmaram a “total solidariedade da UE com a Dinamarca e o povo da Groenlândia” e realçaram  que a integridade territorial e a soberania são “princípios fundamentais do direito internacional”.

Esta declaração surge na sequência da nomeação, pelos EUA, de um enviado especial para a Gronelândia, uma medida amplamente vista como um avanço das ambições territoriais de Washington no Ártico e que até agora tem uma fragil resposta por parte da UE sobretudo se comparada com as declarações à volta da Ucrania ao principio.

A UE está a querer mostrar-se  como um contrapeso diplomático sobre as  ações unilaterais dos EUA no Ártico, reafirmando seu compromisso com uma ordem baseada em regras.

Ao apoiar a Dinamarca e a Groenlândia, a UE  pretende fortalecer os laços com dois atores-chave no Ártico e reforçar o seu papel ja com pouco crédito global como interveniente na governação da Região .

Esta  declaração mostra que a UE podera ter acordado e estará a  evitar ser marginalizada na competição estratégica entre os EUA, a Rússia e a China pelos recursos do Ártico e pelas rotas de navegação.

Pergunta -se se haverá capacidade para coordenar uma resposta unificada de política externa em questões geopolíticas sensíveis, apesar das divisões internas.

Entretanto,  a  UE poderá aumentar os seus investimentos financeiros e estratégicos no Ártico, inclusive através do Fundo Europeu de Defesa e de parcerias em energia verde com a Gronelândia…. Enfim mais Despesas para o dito Fundo!

Se os EUA considerarem que a posição da UE está a obstruir a sua estratégia para o Ártico, particularmente no que diz respeito ao acesso aos recursos e à segurança a crise tenderá a acentuar-se

Esta  declaração tenderá a  encorajar a Groenlândia a aproveitar o apoio da UE nas negociações com os EUA e a Dinamarca, reforçando assim a sua autonomia e gerará  um precedente para que a UE seja  mais incisiva na defesa  dos seus interesses territoriais e dos Estados-membros contra pressões externas, podendo remodelar sua postura geopolítica.

Nos por ora vemos demasiados Se’s nas declarações da UE !