Os líderes da UE, Ursula von der Leyen e António Costa, garantiram que a segurança no Ártico continua a ser uma "prioridade fundamental" para o bloco europeu, deixando uma forte declaração de solidariedade com a Dinamarca e a Gronelândia na sequencia da controversa nomeação, pelos EUA, de um enviado especial para a região.
A sua declaração sublinha a intenção da Europa de defender os seus interesses estratégicos e manter as normas de soberania em meio à crescente competição geopolítica no Alto Norte.
Por tal a presidente da Comissão Europeia, a sra Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, emitiram uma declaração conjunta ondd acentuaram a segurança do Ártico como uma prioridade fundamental da UE.
Afirmaram a “total solidariedade da UE com a Dinamarca e o povo da Groenlândia” e realçaram que a integridade territorial e a soberania são “princípios fundamentais do direito internacional”.
Esta declaração surge na sequência da nomeação, pelos EUA, de um enviado especial para a Gronelândia, uma medida amplamente vista como um avanço das ambições territoriais de Washington no Ártico e que até agora tem uma fragil resposta por parte da UE sobretudo se comparada com as declarações à volta da Ucrania ao principio.
A UE está a querer mostrar-se como um contrapeso diplomático sobre as ações unilaterais dos EUA no Ártico, reafirmando seu compromisso com uma ordem baseada em regras.
Ao apoiar a Dinamarca e a Groenlândia, a UE pretende fortalecer os laços com dois atores-chave no Ártico e reforçar o seu papel ja com pouco crédito global como interveniente na governação da Região .
Esta declaração mostra que a UE podera ter acordado e estará a evitar ser marginalizada na competição estratégica entre os EUA, a Rússia e a China pelos recursos do Ártico e pelas rotas de navegação.
Pergunta -se se haverá capacidade para coordenar uma resposta unificada de política externa em questões geopolíticas sensíveis, apesar das divisões internas.
Entretanto, a UE poderá aumentar os seus investimentos financeiros e estratégicos no Ártico, inclusive através do Fundo Europeu de Defesa e de parcerias em energia verde com a Gronelândia…. Enfim mais Despesas para o dito Fundo!
Se os EUA considerarem que a posição da UE está a obstruir a sua estratégia para o Ártico, particularmente no que diz respeito ao acesso aos recursos e à segurança a crise tenderá a acentuar-se
Esta declaração tenderá a encorajar a Groenlândia a aproveitar o apoio da UE nas negociações com os EUA e a Dinamarca, reforçando assim a sua autonomia e gerará um precedente para que a UE seja mais incisiva na defesa dos seus interesses territoriais e dos Estados-membros contra pressões externas, podendo remodelar sua postura geopolítica.
Nos por ora vemos demasiados Se’s nas declarações da UE !