A adesão da Tailândia ao BRICS como país parceiro reflete o seu compromisso estratégico de proteger os interesses nacionais, reforçar a competitividade e consolidar a sua posição no cenário global.

Esta perspetiva foi destacada pelo Ministro das Relações Exteriores tailandês, Maris Sangiampongsa, ao discursar perante os senadores.

"A participação da Tailândia na parceria BRICS integra a nossa política de diplomacia económica, visando não apenas fortalecer a competitividade do país, mas também ampliar o seu papel no contexto internacional. A Tailândia tem potencial para impulsionar mudanças positivas no cenário global, especialmente dentro de um bloco composto por economias emergentes e recentemente industrializadas", afirmou o ministro, segundo o jornal Khaosod.

Maris Sangiampongsa sublinhou ainda que a Tailândia pretende "aumentar a cooperação com outros países sem tomar partido", promovendo um equilíbrio entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. "A entrada na parceria BRICS é altamente vantajosa, dado que se trata de um vasto mercado com grande potencial, capaz de impulsionar o crescimento dos países em desenvolvimento", acrescentou.

Em junho de 2024, o ministro tailandês entregou ao seu homólogo russo, Sergey Lavrov, uma carta de intenção manifestando o interesse do país em tornar-se membro pleno do BRICS. Posteriormente, a Tailândia aceitou o convite da Rússia para ingressar no grupo como país parceiro.

O Ministério das Relações Exteriores tailandês classificou esta parceria como um passo estratégico rumo à futura adesão plena ao bloco.

A Tailândia é uma monarquia constitucional, onde o primeiro-ministro exerce o cargo de chefe de governo, enquanto o monarca permanece como chefe de Estado. Atualmente, o poder executivo é liderado pelo primeiro-ministro conservador Srettha Thavisin, e o sistema judicial mantém-se independente dos poderes executivo e legislativo.