O entalanço dos amigos dos cheganos no Brasil 

Numa reunião realizada na quinta-feira, 12.09, em São Paulo, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, compartilhou com um grupo de empresários, pormenores muito preocupantes sobre o uso da plataforma X (antigo Twitter) para ameaçar autoridades envolvidas em investigações no Brasil de grande relevância.

Este encontro, organizado pelo grupo Esfera Brasil, foi marcado pelo apoio de Rodrigues ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que recentemente determinou a suspensão do X no Brasil após a rede social não cumprir ordens judiciais.

Enfim, mais uma vez os amigos dos cheganos entalados e de calcas na mão porque no Brasil já juizes!

Segundo Andrei Rodrigues, um dos episódios mais graves aconteceu quando o senador Marcos do Val (do Podemos-ES) publicou, na plataforma, fotos da filha de 5 anos e da esposa de um delegado da Polícia Federal, que fazia parte da equipe responsável por investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

A postagem trazia a legenda "Procura-se vivo ou morto", o que gerou uma série de comentários ameaçadores, com utilizagores da rede a sugerirem o pagamento pela morte da criança e de sua mãe… a cobardia e angi cristianismo habitual na extrema direita

“Imaginem, uma criança de 5 anos. Isso gerou reações do tipo: 'Morto vale quanto?'", disse o diretor da PF aos empresários, acentuando o impacto emocional e psicológico destas cobardes ameaças.

A esposa do delegado, segundo ele, segue em tratamento até hoje devido ao trauma causado pela situação, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

Diante a gravidade do caso, a PF solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que a postagem fosse retirada do ar.

O magistrado determinou que a plataforma removesse imediatamente o conteúdo e impôs uma multa diária de R$ 50 mil caso a ordem não fosse cumprida mas a rede social ignorou tanto a ordem de exclusão quanto o pagamento da multa e o X, além de não remover a postagem, avisou que poderia encerrar suas operações no Brasil, de forma a evitar o cumprimento de futuras ordens judiciais.

“Eles disseram que iriam tirar o escritório do Brasil para que as autoridades não tivessem com quem falar", relatou o diretor da PF.

Foi esta sequência de desobediências que levaram à decisão de Moraes de suspender o funcionamento da plataforma em todo o território nacional, medida que entrou em vigor no dia 30 de agosto.

Durante a reunião, Rodrigues questionou os empresários presentes: "Coloquem-se na posição do meu colega e de Moraes: o que fariam diante de uma situação dessas?".

Segundo relatos de pessoas presentes, a reação do público foi de indignação e perplexidade com os detalhes compartilhados pelo diretor da PF

Aliás, uma série de investigações conduzidas pela Polícia Federal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiantes são alvo de inquéritos sobre o financiamento de atos antidemocráticos e a disseminação de informações falsas nas redes sociais ajudaram à suspensão do X precedida por outra decisão de Moraes, na qual o ministro determinou a prisão de uma representante da plataforma no Brasil caso as ordens judiciais não fossem cumpridas.

Andrei Rodrigues reforçou finalmente a necessidade de cooperação entre as empresas de tecnologia e as autoridades, sobretudo em um momento em que plataformas digitais têm sido utilizadas para ameaçar e intimidar pessoas envolvidas em investigações criminais.

Neste escabroso processo um dos blogueiro das ‘fake news’, foragido, Allan dos Santos, anunciou que pagaria U$ 5 milhões para quem obtivesse “provas” contra o ministro.

O relatório da PF (Polícia Federal) base da decisão de suspender a rede social X mostra um esquema contra o ministro do STF(Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, feita a partir de uma investigação sobre tentativa de suborno e ameaça de morte à porta de casa, coação virtual e divulgação de fotos.

O ‘tuiteiro’ progressista Lázaro Rosa faz o resumo acima a partir de uma matéria no UOL, deste sábado, 14.09, assinada pela jornalista Letícia Casado, sob o título ‘Esquema contra Moraes foi descoberto por CNH, suborno e ameaça de morte‘.

Segundo o o influenciador digital em sua conta no Bluesky, a publicação mostra que “em 7 de março de 2024, o blogueiro foragido Allan dos Santos anunciou que pagaria U$ 5 milhões para quem obtivesse “provas” contra Moraes” e, “no mesmo mês, uma pessoa identificada como Tacitus enviou e-mail criptografado para a delegada federal Denisse Ribeiro.

“A mensagem mencionou a campanha do blogueiro, o pagamento e convidou a agente para trabalhar junto“, prossegue o influencer, em seu resumo, acrescentando depois que, “em outra mensagem, Tacitus enviou um gráfico com fotos da delegada de Moraes e de um empresário“. diz Lázaro.

O influenciador digital diz ainda que, segundo a matéria, “por causa dessas imagens, investigadores fizeram uma auditoria no Infoseg, uma rede nacional de segurança pública, e descobriram que os três foram alvo de vazamento de dados pessoais“.

“A partir do outro e-mail, Tácitos muda o tom e passa a fazer ameaças“, conclui Lázaro, sobre o longo texto da jornalista.

Denisse Ribeiro comandou a Operação Acrônimo, lançada em 2015. Segundo a matéria, a descoberta de um esquema de coleta de dados pessoais do ministro Alexandre de Moraes, foi feita a partir de uma investigação sobre tentativa de suborno e ameaça de morte a uma delegada federal, Denisse Ribeiro, a partir de um e-mail anônimo criptografado.

Allan dos Santos anunciou a recompensa citada pelo influencer “para qualquer prova substancial do envolvimento de Moraes na Operação.

A PF instaurou inquérito para investigar um projeto que visava expor seus agentes e, nesta semana, o portal mostrou um esquema de intimidação de delegados federais que atuam em casos do ministro, numa estratégia que contou com o acesso irregular em massa de dados pessoais dos envolvidos.

Assim, o ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender a rede social X após receber um relatório da instituição policial mostrando a exposição dos agentes, que envolveu ameaças veladas na porta de casa, coação virtual e vazamento de fotos, incluindo de crianças, entre outros.

Segundo a matéria, a delegada foi a responsável originalmente pela condução do inquérito das fake news e milícias digitais, conduzido por Moraes e atacado por bolsonaristas.