Sim, a poesia é uma bomba

mais perigosa que o urânio enriquecido.

A bomba de urânio explode

e com o passar do tempo o seu perigo desaparece.

Mas o poema nunca se esvai

e, mesmo quando morre a fonte

que é o poeta:

o poema fica,

                permanece,

e sua beleza, aos inimigos é o que mais aborrece.

 

Salvador, Bahia, Brasil

26 de junho de 2025

Uaçaí de Magalhães Lopes