"As reuniões decorreram muito bem", começou por afirmar Ana Paula Martins, ouvida pelos jornalistas após a tomada de posse dos novos órgãos sociais da Ordem dos Médicos Dentistas, na Fundação Champalimaud, em Lisboa.



O Ministério da Saúde, insistiu a governante, sem mais declarações, está "com muita esperança nestas negociações".

A FNAM na sexta-feira anunciou uma greve de médicos para os dias 23 e 24 de julho, pois que o Governo só quer encetar negociações relativas a grelhas salariais no próximo ano.

A FNAM reivindica a reposição do período de trabalho semanal de 35 horas, a atualização da grelha salarial, a integração dos médicos internos na categoria de ingresso na carreira médica e a reposição dos 25 dias úteis de férias por ano e de cinco dias suplementares de férias, quando gozadas fora da época alta.

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A presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, confirmou à RTP que, para além da paralisação nacional de dois dias, vai ser marcada uma greve ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários, ainda este mês, que se prolongará até agosto.

A dirigente sindical lembra que as negociações salariais deviam ficar concluídas até setembro, para serem contempladas no Orçamento do Estado do próximo ano.

Claro que o Sindicato Independente dos Médicos perante um governo AD não vai aderir à greve convocada pela Federação Nacional e considera que o momento é ainda de negociar com o Ministério da Saúde, tendo em vista garantir melhores condições laborais.

Questionada pelos jornalistas sobre a situação no Instituto Nacional de Emergência Médica, a titular da pasta da Saúde recusou-se a fazer comentários: "Não vou falar sobre esses temas". 

Ana Paula Martins preferiu assinalar o "reconhecimento aos médicos dentistas", que "fazem um trabalho muito importante há décadas e décadas, sem haver, de facto, de forma consistente um plano de saúde oral". E retomou o compromisso de implementar o plano 2020-2030 de "uma forma realista e rápida".

Joffre Justino