“Montenegro tem razão quando diz que é o mesmo que era há um ano. Os portugueses é que não sabiam quem era o verdadeiro Montenegro”, declarou Pedro Nuno Santos, numa das passagens mais incisivas do seu discurso.
O ataque prosseguiu com ironia e denúncia: “Luís Montenegro disse ontem que era hoje o mesmo que era há um ano. Talvez seja. Os portugueses não sabiam era há um ano quem é que era Luís Montenegro de verdade. Só que hoje já sabem.”
O líder do PS acusou ainda o chefe de Governo de acumular funções: “Há um ano, os portugueses achavam que Montenegro ‘ia ser só primeiro-ministro’, mas afinal também ‘recebia avenças de empresas’”.
Mas foi no plano económico que a crítica se tornou mais técnica e devastadora. Pedro Nuno Santos lamentou que, “ao contrário do que aconteceu sempre com os Governos do Partido Socialista liderados por António Costa”, a economia portuguesa esteja agora a recuar. “A economia portuguesa no primeiro trimestre de 2025 recuou. Caiu mesmo 0,5%. Luís Montenegro não deixa um país a crescer. Luís Montenegro deixa uma economia a recuar”, apontou.
E o cenário social não é menos alarmante, segundo o líder do PS: “Temos um número de trabalhadores envolvidos em processos de despedimento coletivo como não tínhamos desde o primeiro trimestre de 2013, em plena troika. Nós temos hoje mais 47% de trabalhadores envolvidos em processos de despedimento coletivo do que tínhamos há um ano”, denunciou.
Na área da saúde, Pedro Nuno Santos reafirmou o compromisso histórico do PS com o Serviço Nacional de Saúde: “Este partido foi fundador do SNS. Este partido acredita no Serviço Nacional de Saúde. Quando nós encontramos problemas no SNS, a nossa resposta não é pegar nos recursos públicos, desistir do SNS e contratualizar com o privado. Não.”
Para o líder socialista, os portugueses reconhecem que, em momentos críticos, “é o SNS que nos vale”.
A concluir, deixou uma mensagem de esperança e apelo à confiança: “Nós queremos um Governo para todos. Nós não queremos um governo para uma minoria. Nós não prometemos tudo a todos, mas aquilo que nós prometemos é para todos. O voto no PS é um voto na mudança segura.”
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