Fiquem-se com os lambe botas à António Ferro, o fascio dos elogios a Mussolini e a Hitler, no livro ”Viagens à volta de duas ditaduras”, e la biografia glorificando Salazar, editada em Itália, o que lhe garantiu a nomeação e a confiança deste, para dirigir a chamada “política do espírito”: designação do ditador à sua política de captação dos intelectuais, subordinada aos objectivos do regime.
Ou claro, com Pardal Monteiro, autor das gares marítimas de Lisboa, Veloso Reis, do Museu de Arte Popular, que permanece ainda, o arquitecto Cottinelli Telmo e o escultor Leopoldo de Almeida, responsáveis, entre outras obras, pelo Padrão dos Descobrimentos, que se mantém junto ao rio.
Ou Francisco Franco, Barata Feio e também Canto da Maia, António Duarte e outros.
Como me choca o purismo de quem faz-de-conta que nao sabe que o 5 de outubro de 1910, e o 25 de abril de 2974 mal sejam tratados em sala de aula como alias as Revoluções Liberais e o papel do brasileiro Imperador Pedro I, portugues rei, Pedro IV na vitoria Liberal em Portugal.
Ou claro o papel dos tratados de Simulambuco e Chinfuma na re-sustentação de um Portugal em queda e sem duvida da Republicana Revolução do 31 de Janeiro de 1891.
Dizem esses portugueses hodiernos que “Um candidato que mal compreende a língua nacional não tem condições para votar, exercer cargos, participar na vida pública ou compreender os fundamentos da Constituição” quando era assim a lusa população em 1975, em 1976, em 1979, em 1980….
E em vez de se preocuparem com a perceção da lusa Historia, se agarram a meros rituais importantes mas também insignificantes defendendo “um verdadeiro juramento de cidadania.” Pois a Cidadania não é uma rubrica num formulário, nem um mero pacto moral e político com o povo português e d uma inserção numa Historia de 9 seculos! .
E como exemplo exasperante do odio à Historia em Portugal vem a recusa em reconhecer a interligação forte com ps paises da CPLP indo-se ao ponto de anular 5 séculos de Historia comum no bom e no mau falando ridiculamente em “clientelas diplomáticas” e aberturas de “portas para práticas que desvalorizam a cidadania e a tratam como herança colonial tardia.”
Lutei contra o fascismo e o colonialismo e nessa luta fui preso 3 vezes antes do 25 de abril de 1974.
Lutei e luto pela Democracia na CPLP e fui preso na consequência de tal em 1992 em Luanda e fui sancionado impedido de trabalhar, de ser remunerado, de utilizar contas bancarias por cerca de dois anos pela ONU, pela UE e pelo Estado português
---
Foto de destaque;
A imagem não é uma homenagem — é uma crítica visual: um símbolo petrificado que se ergue num país que se distancia, cada vez mais, dos ideais de liberdade, fraternidade e cidadania universal.