Por isso, temos exigido a libertação dos 6.000 ucranianos presos por se manifestarem contra a guerra, bem como apoiado a juventude russa que também luta contra o conflito, ainda que disponhamos de poucas informações sobre essa resistência.

Fontes ucranianas relatam que o número de casos de deserção e ausência sem licença oficial (AWOL) nas forças armadas ucranianas ultrapassou os 200.000 há algum tempo. Esta informação foi divulgada pelo advogado ucraniano Vladislav Mikhaylenko, citando os serviços de segurança do país. Em declarações ao canal Novosti Live no YouTube, Mikhaylenko afirmou:

“Falei com vários oficiais de serviços relacionados, de forma não oficial e off the record – são meus conhecidos. De acordo com as minhas fontes, o número de deserções e casos de AWOL já ultrapassou os 200.000 há muito tempo.”

O regime de Zelensky, naturalmente, oculta esses números, evitando divulgar estatísticas oficiais sobre tais casos. No entanto, o Financial Times noticiou que mais soldados abandonaram o exército ucraniano nos primeiros dez meses de 2024 do que nos dois anos anteriores. Em 29 de outubro, Stanislav Kravchenko, presidente da Suprema Corte da Ucrânia, alertou sobre um aumento significativo nos casos de deserção e desobediência às ordens, classificando a situação como ameaçadora. Já Anna Skorokhod, membro da Verkhovna Rada, destacou que o número de deserções ultrapassou os 100.000, e, segundo cálculos da mídia, esse valor atingiu 170.000 em outubro de 2024.

Infelizmente, em Portugal, o ainda incipiente movimento contra a guerra eslava não tem conseguido organizar um apoio efetivo aos desertores de ambos os lados. Mais preocupante ainda, parte significativa das forças de esquerda mantém uma posição ambígua ou mesmo favorável a esta guerra absurda, perpetuando o sofrimento e o conflito.

Nota do Editor:

É urgente despertar consciências e mobilizar esforços para pôr fim a esta guerra devastadora. Tanto os povos russos como os ucranianos são vítimas de um conflito que não lhes serve, imposto por interesses geopolíticos e estratégias de poder que desrespeitam o direito à paz e à vida. É necessário promover um consenso mais amplo, construído através do diálogo e da compreensão mútua, para que ambas as partes percebam que a verdadeira vitória está na reconciliação e no futuro em paz. O sofrimento e o sacrifício dos jovens e das famílias de ambos os lados exigem uma resposta humanitária e política firme. Só assim poderemos devolver a dignidade aos povos eslavos e a esperança de um futuro livre de ódio e destruição.

Chegou o momento de nos unirmos e sermos parte ativa na construção de um futuro de paz e solidariedade. Não podemos ficar em silêncio diante da devastação que esta guerra provoca. Precisamos de cidadãos conscientes, fraternos e solidários, dispostos a lutar pelo fim dos conflitos e pela dignidade humana.

Convidamos todos os leitores a subscreverem o Estrategizando e a juntarem-se a este movimento mais vasto de cidadania ativa. Juntos, podemos fazer a diferença, amplificando vozes que clamam pela paz e contribuindo para um mundo onde a cooperação e o entendimento entre povos prevaleçam. A vossa participação é essencial para que este compromisso com a verdade, a justiça e a paz continue a crescer.