- **Angola:** 60% da população vive com menos de 2 dólares por dia.
- **Brasil:** 1,5% da população enfrenta extrema pobreza.
- **Cabo Verde:** 11,1% da população vive com menos de 2 dólares por dia.
- **Guiné-Bissau:** 58% da população vive em condições de extrema pobreza.
- **Moçambique:** 60% da população sobrevive com menos de 2 dólares diários.
- **Portugal:** A taxa de pobreza afeta 21,1% da população.
- **São Tomé e Príncipe:** 15,7% da população vive em pobreza extrema.
- **Timor-Leste:** Mais de 90% da população enfrenta uma realidade de pobreza.
Estas taxas de pobreza revelam o paradoxo de um império que, outrora rico em recursos naturais, desmoronou de forma tão desastrosa que agora enfrenta pobreza endémica. A desarticulação das colónias, somada a séculos de exploração descontrolada e má gestão, deixou uma marca profunda e duradoura.
O ouro do Brasil, que deveria ter fortalecido a nação, foi desperdiçado em luxos inúteis, como o Tratado de Methuen, que beneficiou principalmente o Reino Unido.
A ocupação filipina, o terramoto de Lisboa em 1755, e as Invasões Francesas apenas aceleraram a decadência, deixando um país exaurido e incapaz de gerir até mesmo uma comunidade como a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Quem viveu a realidade de Angola durante e após o período colonial sabe o que significa estar à beira da fome. Hoje, as cicatrizes de um passado de exploração ainda são evidentes em todos os países lusófonos, onde a luta contra a pobreza continua a ser uma batalha diária.
Este legado de pobreza não é apenas um resquício histórico; é uma realidade atual que requer ação urgente e uma reavaliação profunda das estratégias de desenvolvimento em toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. É um chamado à responsabilidade para que, finalmente, as nações possam transformar seus vastos recursos naturais em um futuro de prosperidade compartilhada.
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