A decisão, divulgada pelo Ministério do Comércio chinês, visa "salvaguardar a segurança e os interesses nacionais" e ocorre em retaliação às contínuas vendas de armas dos Estados Unidos para Taiwan.

Entre as empresas afetadas estão a  General Dynamics, Boeing Defense, Space & Security, além das já mencionadas Lockheed Martin e Raytheon.

Essas companhias já haviam sido alvo de sanções pelo Ministério das Relações Exteriores da RPChina no ano anterior, também em resposta às vendas de armamentos para Taiwan.

O Ministério do Comércio da China enfatizou que a medida foi tomada para "cumprir obrigações internacionais, incluindo a não proliferação", e baseia-se na legislação de controle de exportações do país. 

Além da proibição de exportações, dez dessas empresas foram adicionadas à lista de entidades não confiáveis de Pequim, o que implica restrições adicionais em suas operações comerciais com a China. 

Esta iniciativa ocorre por entre  a escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Desde a  vitoria presidencial de Trump à que a sus administração tem adotado uma postura agressiva em relação à RPChina, impondo tarifas significativas sobre produtos chineses. 

Em fevereiro, Trump assinou uma ordem executiva estabelecendo uma nova tarifa de 10% sobre todas as importações chinesas, medida que entrou em vigor poucos dias depois. 

Em resposta, a RPChina implementou tarifas retaliatórias sobre produtos norte-americanos e restringiu a exportação de minerais críticos, como gálio, germânio e antimônio, essenciais para a fabricação de semicondutores e aplicações militares. 

Estas restrições afetam diretamente a indústria de tecnologia dos EUA, aumentando as preocupações sobre a estabilidade das cadeias de suprimento globais.