Para muitas pessoas, a CPLP é vista, infelizmente, como um "elefante branco", servindo apenas para acomodar políticos em busca de cargos luxuosos. Ainda assim, a organização apelou "a todas as partes envolvidas para que ajam com serenidade e responsabilidade, priorizando o diálogo construtivo como o caminho mais eficaz para superar as diferenças e promover a estabilidade".
“Dada a forte relação histórica, cultural e de amizade com o povo moçambicano, a CPLP expressa a sua solidariedade a todos os cidadãos neste momento sensível”, prossegue-se no comunicado que serve para tudo e para todos quantos estejam no poder.
A CPLP manifestou ainda a sua disponibilidade para “apoiar iniciativas que promovam a paz, a estabilidade e os valores democráticos”.
De acordo com a proclamação oficial de Moçambique, Venâncio Mondlane obteve 24,19% dos votos, Ossufo Momade 6,62% e Lutero Simango 4,02%.
Enquanto decorria a leitura do acórdão de proclamação dos resultados, já manifestantes, apoiantes de Venâncio Mondlane, contestavam na rua, com pneus em chamas.
A proclamação destes resultados pelo CC confirma a vitória de Daniel Chapo, um quase desconhecido jurista de 47 anos, actual secretário-geral da FRELIMO, no poder, anunciada em 24 de outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), mas na altura com 70,67%.
Já um anúncio da CNE moçambicana desencadeou durante praticamente dois meses violentas manifestações e paralisações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não os reconhecia, provocando pelo menos 130 mortos em confrontos com a polícia.