A direita anda cheia de problemas de consciência e na verdade sabendo-se em pecado, exceto a cheganice e os iliberais que gostam anseiam libertar-se de tal!

Daí o empurrarem tudo para eleições!

Daí o desprezarem quem lhes deu o osso em modo imoral - a PGR, o PR, o opusdeismo!

Ao contrário o PS parece preferir viabilizar um Orçamento do Estado, se consensual mas Montenegro ao responder com ameaças de eleições antecipadas, continua na senda do complexo de culpa

A líder parlamentar socialista, Alexandra Leitão, pôs a possibilidade de “viabilizar” o Orçamento do Estado, em novembro, e a par respondeu Pedro Nuno Santos.

Lamenta, no entanto, que Luís Montenegro tenho respondido com “ameaças de eleições”.

“Quem acha que o PS fará qualquer cálculo em função de resultados eleitorais ou que tem medo de eleições está completamente enganado”, respondeu o líder socialista.
E para não haver eleições, o PS está disponível “para negociar e ceder”, desde que a postura do Governo seja idêntica.

Alias sempre a realçar que a este governo da Direita no Parlamento, não tem uma maioria que o apoie!

“O PS não pode abdicar mais do que outros daquele que é o seu programa, daquela que é a sua ideia de sociedade e das suas propostas. Não pode abdicar da sua visão para a resolução dos problemas”, acrescentou.

O Governo já anunciou a redução do IRC para as empresas, além de um IRS Jovem que não olha a rendimentos, o que afasta os socialistas das posições de Luís Montenegro.

“Não estabelecemos linhas vermelhas, mas temos as nossas críticas em matérias que são importantes e estruturantes para a forma como se organiza e se financia o Estado português”, disse.

E os socialistas para argumento têm o último artigo do antigo primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva, “onde volta a defender uma estratégia para a política industrial”.

“Deve ser, quase tanto como nós, um dos desiludidos com o chamado pacotão que foi apresentado ao país”, atirou Pedro Nuno Santos, em palavras que atingem diretamente Luís Montenegro, que tem em Cavaco Silva a principal referência política.

Pedro Nuno Santos é muitas vezes criticado por aparecer à esquerda do PS, sendo apelidado de “esquerdista”, mas para o secretário-geral do maior partido da oposição, é Luís Montenegro que está agora à direita do PSD.

“Nós não queremos sovietizar nada. Não alteramos a forma como olhamos para o Estado social e para a política económica. Quem é que ao longo dos anos foi-se aproximando da direita liberal? O PSD. Não fomos nós que nos distanciamos do centro”, acentuou.

Aliás o PS “não ficará aprisionado a uma má estratégia”, apesar das pressões para a aprovação do Orçamento do Estado, e não tem medo de eleições antecipadas.

Pedro Nuno Santos encerrou assim as jornadas parlamentares do PS, em Castelo Branco, as primeiras com o novo líder socialista, onde a aprovação do fim das portagens nas antigas SCUT, que beneficiam o concelho, entrou em praticamente todos os discursos.

Joffre Justino