A razão para essa reviravolta contraintuitiva é a falta de fé em garantir o sustento de um único empregador. Em seu artigo "O Estilo de Vida Semiproletário no Século XXI: Múltiplos Empregos, Precariedade e Antitrabalho nos EUA", Collins argumenta que, longe de ser um desenvolvimento inovador desencadeado pela pandemia, décadas de neoliberalismo lhes ensinaram que o emprego padrão não é uma fonte confiável de renda.
Ao mesmo tempo, não depender de um único empregador proporcionou alguma segurança no contexto de empregos assalariados instáveis.
A multiplicidade de empregos e o acesso desmercantilizado a recursos e cuidados tornaram-se centrais nas estratégias contemporâneas de subsistência e de ressignificação do trabalho”
( in Rupturas simultâneas: formas de subsistência, fragmentação de classes e trabalho social no século XXI )
Para qualquer marxista o facto de podef existir uma classe operaria nao implica a existencia de uma camada social culturalmente proletaria no sentido de existir uma vivencia cultural alternativa à determinada pelas culturas politico-economico-sociais dominantes!
E na realidade foram necessarios,
Tal tem pouco a ver com opções individuais para obterem melhores condições de vida e maiores autonomias mas sim com uma crescente luta pela sobrevivência com o custo do trabalho em redução socio económica e o crescente papel da evolução tecnologica tornando dominante o papel das forças produtivas
É esta desproletarizaçao socio cultural que gera a fragilizaçao politica das camadas sociais mais desfavorecidas globalmente hoje vivida