Macron reiterou o apoio francês à Moldova no contexto da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e da sua candidatura à adesão à União Europeia e no ano das eleições na pequeníssima Moldavia com 2 023 069 incluindo 135,957 na separatista  Transnistria.

A PR moldava declarou que “A Rússia quebra todas as promessas", disse Sandu aos jornalistas. "Prometeu retirar as suas tropas ilegais do nosso território até 2002. Nunca o fez. Cortou o fornecimento de gás, violando o seu próprio contrato de fornecimento".

"Impõe embargos aos produtos moldavos, ignorando os acordos comerciais. Interferiu nas nossas eleições, desrespeitando princípios bilaterais básicos. Estes não são atos isolados", acrescentou a presidente moldava.

Na verdade o atual regime da Moldova aprovou  tornar-se membro da UE até ao final da década. "A adesão à UE não é apenas um destino. É o caminho para um país mais forte", concluiu Maia Sandu.

Esta lider espera obter um novo Instrumento de Reforma e Crescimento para a Moldova, no valor de 1,9 mil milhões de euros, para acelerar as reformas socioeconómicas do país, pars reforçar a sua resiliência e promover a sua integração na UE através de subvenções e empréstimos a juros baixos.

Alias o  Parlamento Europeu anunciou também que vai abrir um gabinete na Moldova para reforçar o envolvimento do Parlamento na região da Parceria Oriental.

Vale recordar que a inclusão da adesão à União Europeia venceu um referendo com 50,45% dos votos.

Entretanto no dia 1 de janeiro 2025, Moscovo cortou o fornecimento de gás ao território separatista pró-russo da Moldova alegadamente com o objetivo de desestabilizar o governo pró-europeu de Chisinau.

Aparentemente a Moldova não será tão afetada por esta interrupção do abastecimento como a separatistaTransnístria.

A Moldova está livre do gás russo desde 2022, após a invasão da Ucrânia por Moscovo e pode contar com o apoio da Roménia.

A Transnístria, por outro lado, continua fortemente dependente dos hidrocarbonetos russos que abastece a central eléctrica de Cuciurgan, situada no território independentista, e que produz 70% da eletricidade do país.

O perigo para a Moldova  é que, numa segunda fase, venha a sofrer cortes de eletricidade.

Moscovo poderia ser tentado a acusar o governo moldavo e Kiev de serem responsáveis por esta situação sabendo-se que a  Ucrânia se recusou a renovar o contrato assinado em 2019 com as autoridades russas para o trânsito de gás através do seu território.

Tal como Macron e a UE com as eleições moldavas na mira, o Kremlin poderia lançar uma campanha de desinformação, apontando o dedo à Moldavia  e a Kiev como responsáveis pela situação.

Segundo  o primeiro-ministro moldavo, o Kremlin quer ver um governo pró-russo no futuro, o que lhe permitirá reforçar a sua presença militar na Transnístria. Moscovo tem cerca de 1.500 soldados na região que faz fronteira com a Ucrânia.

A Moldova é um país candidato à adesão à UE e a UE é o principal financiador dos moldavls. Na segunda-feira, a Comissão Europeia explicou que estava a trabalhar com o sector energético europeu para garantir que este país  pudesse ser abastecida com eletricidade suficiente, se necessário. A Comissão está também a apelar aos Estados-membros para que demonstrem solidariedade energética com a Moldova.