Quem mente? Pedro Nuno diz que Direita em Portugal "não é de confiança" 

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assumiu hoje que a direita em Portugal "não é de confiança", sendo "uma vergonha" que os líderes do PSD e do Chega se acusem mutuamente de mentir, deixando uma mancha que suja ambos os lideres e seus partidos dizemos nós!

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Em Vila Nova de Famalicão, no congresso federativo de Braga do PS, Pedro Nuno defendeu que é preciso clarificar quem está a mentir.

"Aquilo a que temos assistido nos últimos dias é preocupante, digo mais, é uma vergonha para a nossa democracia, com dois líderes partidários a acusarem-se mutuamente na praça pública de mentira", salientou.

Em causa as recentes declarações do líder do partido da extrema-direita, André Ventura, sobre eventuais negociações com o Governo, com cinco reuniões, para um acordo sobre o Orçamento do Estado para 2025, que incluiria uma eventual entrada do Chega para o Governo.

As negociações foram desmentidas pelo primeiro-ministro, que acusou André Ventura de estar a mentir, uma acusação que voltaria a ser retribuída pelo presidente do Chega.

"Não sabemos quem mente, não vamos dirimir essa disputa. Mas para dizer 'André, nós não confiámos em vocês e, portanto, não vamos negociar convosco', bastava uma reunião", disse Pedro Nuno.

Para o líder socialista, esta é uma questão que precisa de ser clarificada, para os portugueses ficarem com a certeza de que "a palavra do primeiro-ministro é para levar a sério".

Pedro Nuno Santos disse ainda que o OE25 apresentado pelo Governo "não é, nem nunca será" o Orçamento do PS, "não só pelo que tem, mas sobretudo pelo que não tem", apontando, concretamente, a "falta de ambição" em relação à economia.

"Não vai colocar Portugal a crescer, o Governo não acredita na capacidade de crescimento da economia portuguesa e das empresas", referiu, frisando que o Orçamento "é mau" e repetindo apelos para que nenhum socialista "se engane ou faça o jogo do PSD".

"Independentemente do que venhamos a fazer [na votação do Orçamento], a distância entre nós e o Governo é muita", afirmou.

Para Pedro Nuno, o Governo "não é de confiança" e "não tem solução para os problemas dos portugueses", seja na saúde, na educação, na habitação ou na fiscalidade.

"É um Governo vendedor de ilusões. O Orçamento será sempre combatido pelo PS", acentuou.

Em relação às Autárquicas de 2025, Pedro Nuno Santos defendeu que o partido deve aprender com os erros do passado e combater os oportunismos e as divisões internas, não fomentando discórdias nas concelhias e nas secções.

O objetivo, apontou, é que daqui a um ano o partido esteja a celebrar por se ter tornado "na primeira força política autárquica em Portugal".

Mas urge completar, para o PS, como para o PCP, o BE, o Livre, o PCTP e o MAS, que as Esquerdas só se mobilizarão se os anti-frentes-da-esquerda e caem na esparrela de uma frente-da-direita na votação de um OE que dá com uma mão para tirar com as duas, assumirem que foram democraticamente derrotados no Congresso do PS devendo deixar Pedro Nuno Santos liderar o PS e sobretudo terem olhos para verem o que dá ceder a esta Direita que com um golpe de estado de secretaria, do “amigo PR”, impôs uma derrota eleitoral feita com fraude emocional e mediática!