Cerca de um terço da população vivia em casas sem condições básicas, e numerosas famílias enfrentavam dificuldades para encontrar moradia digna, recorrendo muitas vezes à construção de habitações clandestinas em bairros de lata.
Ja hoje em 2023 Portugal, vê-se que só uma pequena percentagem de habitações não possui casa de banho ou retrete no seu interior sendo que em 2023, só 0,3% dos residentes viviam em casas sem estas condições básicas. Adicionalmente, 6% dos residentes viviam em condições severas de privação habitacional, que podem incluir a falta de casa de banho, mas também outros problemas como infiltrações, falta de luz natural ou sobrelotação
Um luso poeta porno em Moçambique, aliás com profunda ironia, escrevinhou um poema que virou famoso sobre a lusa habitaçao e a lusa pobreza, submissamente aceite por uma lusa cidadania de alma presa a inexistentes pecados, lançados para a mole turba por uma excitada igreja que dos pecados vivia!
Este poema ficou famoso numa cançao, Uma Casa Portuguesa, que deixamos aqui numa versao do luso moçambicano Joao Maria Tudella, um opositor político ao regime do fascista como , Alice Vieira, Mario Castrim e Fernando Tordo e em 1969 grava para a Decca o LP Tudella Canta Música de Pedro Jordão, onde se incluem pormas de Mário Castrim poemas de José Gomes Ferreira, (Fuzilaram um Homem num País distante, de Manuel Alegre (Liberdade e Os Ratos)
Em 1968 é proibido de actuar na RTPpor ter cantado, em directo, no programa de Natal dos Hospitais a composição Cama 4, sala 5 de Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes
O que nos horroriza é constatar que hoje se alugam quartos sem casa de banho e bem pior - camas à hora sem caJosé Gomes Ferreirasa de banho!
Lisboa e Loures, a Amadora e Cascais e Odivelas vivem hoje os tempos das imigrações, protestando contra elas mas vendo generalizarem-se este aluguer de camas à hora, sem que ninguem intervenha acabando com este escravocrata negocio!
Ha entretanto falta de casas em Portugal?
Vejamos a construção da habitação - um estudo sobre a Área Metropolitana de Lisboa (AML) mostra que, entre 1919 e 1960, foram construídos 77.831 edifícios (17% do total), cerca de 1900 casa ano!
Ainda segundo o mesmo estudo, após 1961 e até 1990, foram construídos 210.938 edifícios (47%) , 7000 casas ano!
Estimativas apontavam para a falta de 600 mil alojamentos, anos 70, apesar da forte emigração dos anos 60, década em que Portugal perdeu meio milhão de residentes.
A escassez de habitações foi agravada pelo retorno de centenas de milhares de portugueses das ex-colónias africanas e pela quase interrupção da emigração após o 25 de Abril de 1974.
Desde 1970, o parque habitacional em Portugal mais do que duplicou, de 2,7 milhões de alojamentos clássicos em 1970 para quase 6 milhões em 2021, ( 60 mil casas ano)
Até 2011, o número de alojamentos recenseados aumentou 800 mil por década, ritmo que abrandou para pouco mais de 100 mil entre 2011 e 2021, enfim de 80 mil ano para 50 mil ano!
Outro desenvolvimento notável foi a expansão dos alojamentos para uso sazonal ou habitação secundária.
Em 1970, apenas 3 em cada 100 alojamentos familiares clássicos tinham esta caraterística; em 2021, eram 19, seis vezes mais.
A propriedade residencial constitui, aliás, a principal componente da riqueza das famílias (dois terços da sua riqueza bruta em 2020), e 10 em cada 100 agregados possui mais do que uma residência.
Comparando os Recenseamentos de 1970 e 2021, é evidente o aumento do peso relativo dos alojamentos habitados pelos proprietários — de menos de metade para 70% — e a correspondente redução da proporção de arrendamentos — de 45% para 22%
Estima-se que em 2025 tenham sido concluídos 14.184 edifícios e 18.181 fogos, representando crescimentos de 11,6% e 23,2%, respetivamente (INE).