Viver ao engano da volatilidade financista

A DBRS Morningstar, mais uma dessas agências que classificam . estados porque estes se deixam classificar em lógica absurdamente financista (anteriormente conhecida como Dominion Bond Rating Service) sendo mais uma agência de notação de crédito (CRA) global fundada em 1976 em Toronto.

É,, propriedade da Morningstar,, desde 2019 a empresa Norte Americana comprou a DBRS do consórcio liderado pelo The Carlyle Group e Warburg Pincus por aproximadamente 700 milhões de dólares estadunidenses

Desde a aquisição, as operações da DBRS ficaram integradas com o empresa de avaliação de crédito da Morningstar - a Morningstar Credit Ratings e a fusão das duas criou a DBRS Morningstar

O processo de aquisição fechou a 2 de Julho de 2019

Ora esta DBRS mantém o 'rating' de Portugal mas melhora tendência para positiva e assim esta agência de notação financeira decidiu manter o 'rating' de Portugal inalterado em 'A', mas melhorou a tendência de estável para positiva, de acordo com um comunicado divulgado hoje

As tendências positivas refletem a avaliação da DBRS Morningstar de que as vulnerabilidades de crédito de Portugal continuam a diminuir, impulsionadas pelo rápido declínio no rácio de dívida pública, bem como pela melhoria sustentada nas contas externas", segundo um comunicado divulgado hoje.

O rácio da dívida pública caiu para 99,1% em 2023, o nível mais baixo desde 2009, como destacou a agência, que antecipa uma continuação da trajetória de redução nos próximos anos, ainda que a um ritmo "mais lento".

A queda da dívida será "impulsionada por superavits primários consideráveis e um crescimento moderado do PIB nominal".

Quanto ao novo Governo, liderado por Luís Montenegro, a DBRS disse ter expectativas de que "permaneça comprometido em entregar pequenos excedentes orçamentais", na linha dos poucochinhos…

Apesar de admitir que a "posição minoritária" do novo Governo no parlamento possa "complicar" a sua capacidade de legislar e prejudicar a estabilidade, a agência considerou que "o risco de Portugal se desviar significativamente de seu compromisso com uma política orçamental prudente é relativamente baixo".

Além disso, reiterou que mesmo que "nenhum Orçamento do Estado seja aprovado e o risco de eleições políticas aumentar", continuam a existir "riscos limitados de um desvio material do compromisso de Portugal com a prudência orçamental e redução da dívida pública".

No que diz respeito aos riscos para o 'rating' de Portugal, a agência identificou como principais vulnerabilidades "o nível elevado de dívida pública, a alta dívida externa e um potencial de crescimento económico relativamente baixo".

Ainda assim, a perspetiva é positiva e as classificações de crédito poderão mesmo "ser elevadas se o rácio da dívida pública de Portugal continuar numa trajetória descendente firme, ou se o país melhorar a sua resiliência económica e o seu potencial de crescimento".

A DBRS foi a primeira agência de notação financeira a pronunciar-se no segundo semestre do ano. E virão depois a S&P, a 30 de agosto, a Fitch a 20 de setembro e a Moody's a 15 de novembro, a fecharvas avaliações em 2024.

Joffre Justino