O estudo do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) diz-nos que cerca de 70 mil pessoas terão morrido em toda a Europa, em 2022, por causa das temperaturas extremas vividas!

Este ISGlobal explicou que a investigação, publicada na revista The Lancet Regional Health-Europe, revê em alta as estimativas feitas até agora sobre as mortes associadas às temperaturas recorde registadas no verão do ano passado e reconhecem que, em estudo publicado anteriormente na revista Nature Medicine, a metodologia utilizada,
subestimava a mortalidade atribuída ao calor, uma vez que são necessários dados diários para estimar com precisão o impacto dos picos de temperaturas extremas.

Publicada em julho, a primeira investigação estimava a morte de 62.800 pessoas no ano passado.

Os investigadores aplicaram agora uma análise exaustiva dos dados, recolhendo séries diárias de temperatura e mortalidade em 147 regiões de 16 países europeus entre 1998 e 2004, e compararam depois as estimativas de mortalidade relacionadas com o calor e o frio a diferentes níveis de classificação: semanas, quinzenas e meses.

Os dados revelaram diferenças nas estimativas epidemiológicas consoante a escala temporal de classificação e confirmaram que o resumo dos dados diários em períodos de tempo superiores a um dia subestima o impacto das temperaturas na mortalidade.

E enquanto os humanos “heroicamente” se matam em estupidas guerras em 11 países no mínimo, eles mesmo se deixam morrer pelo calor Europa e Mundo fora tudo porque as humanas elites ignoram as gravíssimas alterações climáticas vividas nada fazendo para as travar - é que vivam as Black Fridays as iluminações de Natal o luxo desbragado !

Por isso, as  70 mil mortes na Europa, em 2022, devido a temperaturas extremas, são um testemunho sombrio da realidade que enfrentamos. Este não é apenas um número estatístico, mas um grito de alerta para a urgência de ações concretas e efetivas contra as alterações climáticas.

A pesquisa do ISGlobal, ao revisar em alta as estimativas de mortalidade e evidenciar a subestimação prévia, lança luz sobre a severidade deste desafio global. Revela, acima de tudo, a necessidade de políticas baseadas em dados científicos precisos e atualizados, que considerem o impacto real das temperaturas extremas na saúde humana.

Além disso, este estudo ressalta a importância de ouvir e integrar as vozes da Juventude Ecologista, que há muito tempo clama por mudanças significativas. A resistência em dialogar com estes grupos só amplia o abismo entre a realidade climática e as medidas adotadas.

Finalmente, a comparação entre a devastação causada pelas guerras e pela crise climática é um lembrete contundente de que, enquanto nos distraímos com conflitos e consumismo desenfreado, estamos a ignorar um inimigo muito mais perigoso e insidioso: o nosso impacto no clima. A necessidade de ação é iminente, e a cada dia de inação, arriscamos mais vidas e o futuro do nosso planeta.

É assim tempo de agir, não apenas para nós, mas para as gerações futuras, que herdarão as consequências das nossas escolhas atuais.

Joffre Justino

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