Soares cumpriu bem o seu papel de grande dirigente burguês, a mando do imperialismo europeu e americano.
Cunhal desempenhou bem a sua missão de servir os interesses do imperialismo da antiga União Soviética, que não estava interessada neste pequeno rectângulo, mas no imenso antigo império colonial português, em África.
E os revolucionários? Esses fizeram o papel de ingénuos anjinhos. O seu grande erro foi desligar-se da grande massa popular.
E foi também acreditar no chapéu protector do COPCON.
Hoje a direita, perante o embaraço do PS e de uma parte dos militares do antigo GRUPO DOS 9, festeja, desajeitadamente, o 25 de Novembro. E tem razões para isso.
Não tendo papel significativo no golpe do 25 de Novembro, a direita está, deve estar, agradecida ao triunfo dos militares golpistas e do PS.
É que a golpada acabou com a bagunçada das massas em ebulição, sobretudo nas cinturas industriais das grandes cidades e no Alentejo da Reforma Agrária, e repôs as classes dominantes de novo no comando dos seus interesses.
E, como cantou o Zé Mário Branco: FOI UM SONHO LINDO QUE FINDOU….
A todos aqueles que me perguntam se eu fiquei desiludido e desanimado com a derrota do Processo Revolucionário, eu respondo:
É A LUTA DE CLASSES, ESTÚPIDO!....
Manuel Monteiro
Fundador e dirigente do PCP(R) e da UDP
Primeiro director do jornal BANDEIRA VERMELHA, jornal do PCP(R)
Ex-deputado e ex-autarca pela UDP