Nos hospitais do país, observam-se os serviços mínimos, só para os casos mais graves.

Os alunos deveriam ter regressado esta segunda-feira às aulas, após umas miniférias de Páscoa.

No setor da educação, os sindicatos exigem o pagamento de salários e subsídios aos professores, a resolução das irregularidades no cumprimento do Estatuto da Carreira Docente, a melhoria das condições laborais e a atualização do currículo escolar, em conformidade com a realidade guineense.

Em relação ao setor da saúde, para além do pagamento de salários e subsídios em atraso, a Frente Social dos Sindicatos exige a aprovação da proposta de lei da carreira dos profissionais de saúde e o Código Deontológico dos Enfermeiros. 

O porta-voz da Frente Social, Ioio João Correia, disse que depois dos primeiros encontros e de correspondência com o Governo para a busca de uma solução para a greve, nada mais aconteceu. 

"Acabámos por efetivar a segunda vaga da greve, porque não chegámos a um entendimento com o Executivo", esclareceu o sindicalista. "Não recebemos qualquer informação [do Governo]. Não conseguimos manter um encontro."

No entanto, Ioio João Correia acredita que ainda há tempo para uma solução.

"Nós estamos otimistas de que o Governo vai continuar a fazer o seu trabalho, no sentido de a gente voltar à mesa e continuar com a dinâmica de negociação, para que possamos chegar a um entendimento e evitar futuras greves", concluiu.

Joffre Justino

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Foto de destaque: IA; imagem ilustrativa que representa a greve dos trabalhadores da educação e da saúde na Guiné-Bissau, com um cenário de rua movimentado que ilustra o protesto e as exigências dos sindicatos.