Num mundo onde as informações circulam com uma velocidade estonteante e muitas vezes sem o devido escrutínio, a credibilidade e a integridade jornalística são pilares que sustentam a confiança do público. Esta semana, o jornal Expresso enfrentou um desafio que toca a essência mesmo desses valores.

Num erro infeliz, o jornal anunciou uma descida de impostos inexistente, um lapso significativo que, por um instante, abalou a credibilidade construída ao longo de cinco décadas.

A reação do editor do Expresso, contudo, serve como um exemplo paradigmático de como lidar com erros na imprensa com dignidade e responsabilidade. A admissão imediata do erro e a promessa de revisão dos processos internos não apenas respeitam, mas elevam os padrões de transparência exigidos ao jornalismo de qualidade.

A capacidade de admitir falhas é uma virtude humana essencial, destacada por Bento de Jesus Caraça, que apontava a correção dos erros como um sinal de prontidão e integridade. O editor do Expresso não apenas seguiu esse princípio, mas também reiterou a missão do jornal como uma entidade independente e escrutinadora, um contrapoder essencial para a democracia.

O jornalismo é, acima de tudo, um serviço ao público, que deve ser pautado pela busca incessante da verdade e pela retificação dos erros quando estes ocorrem. A postura do Expresso reflete um compromisso com a ética jornalística, reforçando a confiança dos seus leitores ao mesmo tempo em que reafirma seu papel como instituição fundamental na manutenção do diálogo informado e construtivo na sociedade.

Os momentos de falha, embora desafiadores, são também oportunidades de demonstrar caráter e compromisso com os princípios. Nesse sentido, o Expresso não apenas corrigiu um erro, mas reafirmou seu compromisso com a integridade jornalística. Em tempos de desinformação e polarização, ações como essa reforçam a importância de uma imprensa livre, responsável e íntegra.

Por isso, mais do que um momento de falha, o incidente torna-se um marco de aprendizagem e um exemplo do papel vital que a imprensa desempenha na sociedade. Elogiar a atitude do Expresso é reconhecer a essência do que deve ser o jornalismo: um pilar de verdade, transparência e responsabilidade.