Exército brasileiro suspende assinatura de protocolo para compra de obuseiros israelitas

A empresa israelita Elbit venceu a concorrência no concurso milionário para o Exército para o equipamento e originou uma reação de petistas como José Dirceu, ou o cantor Chico Buarque e de entidades como Amnistia Internacional

O Exército decidiu adiar a assinatura do protocolo do contrato inicial que prevê a aquisição de 36 viaturas blindadas de combate, conhecidas como obuseiros de calibre 155 mm autopropulsados sobre rodas (VBCOAP-SR).

A vencedora da licitação, que pode chegar a R$ 750 milhões, foi a empresa israelense Elbit Systems - e suas subsidiárias brasileiras Ares Aeroespacial e Defesa e AEL Sistema - que ofereceu o sistema Atmos 2000 para o Exército Brasileiro equipar suas unidades de artilharia.

O anúncio do acordo havia sido feito na semana passada.

Como diz o Exército, a medida atendeu à necessidade de submeter o processo novamente à assessoria jurídica do Ministério da Defesa em razão de alterações feitas na fase final do processo de seleção da licitação.

O objetivo é mostrar as razões técnicas que fundamentaram a escolha da gigante israelense da Defesa.

O protocolo permitiria a entrega do lote inicial de dois obuseiros, que seriam usados em testes durante dois anos.

Só depois da aprovação final do equipamento, o contrato final seria assinado para a entrega das outras 34 unidades.

Nardia M.

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Foto de destaque: IA; imagem criada para ilustrar o artigo