Hoje, pelas 18h30, apoiantes do Climáximo falaram com dezenas de pessoas que estavam na linha Azul do metro de Lisboa, distribuindo mais de 300 panfletos e percorrendo a linha desde a Baixa-Chiado até à Pontinha, durante cerca de duas horas.

Mesmo tendo recebido dois avisos de funcionárias do metro, continuaram e só pararam quando foram impedidos de continuar por dois agentes da PSP. O objetivo, segundo o coletivo, era expor a violência contra a vida humana da crise climática, falando com as pessoas sobre como vamos deixar de se consentir com esta violência e travar a crise climática.

"50 anos depois do 25 de abril, ainda não vivemos em liberdade" afirma Matias Sousa, que participou no protesto. "Continuamos sem acesso garantido a serviços públicos essenciais. Pessoas são reprimidas por exercer o seu direito ao protesto pacífico, como no caso das Onze de Abril", as 11 pessoas que estiveram em julgamento nos três dias antes deste 25 de abril por uma ação semelhante. "E enquanto isto, centenas de milhares continuam a morrer às mãos de governos e das empresas em catástrofes climáticas. Não há liberdade sem vida."

"O 25 de Abril relembra-nos que grandes mudanças são possíveis. E as pessoas sabem que são necessárias." Segundo o Eurobarómetro, 92% das pessoas colocam resolver a crise climática como uma prioridade, mas as emissões continuam a aumentar. "Nós vemos isto quando falamos com as pessoas nestes momentos. Algumas têm perguntas, mas em geral concordam com as reivindicações. Se a maioria das pessoas concorda e nada é feito, então não estamos a viver em democracia."

"Temos que tomar as rédeas das nossas próprias vidas e travar esta violência, parar esta guerra" continua Matias. "Precisamos de deixar de consentir com a destruição da vida. Precisamos de resistir lado a lado e implementar o Plano de Desarmamento e de Paz. Precisamos de nos unir pelas nossas vidas. Precisamos de uma nova revolução", referenciando o plano apresentado pelo Climáximo para travar a crise climática.

O grupo apela às pessoas para irem à apresentação pública de amanhã, 27 de Abril, às 15h na B.O.T.A., nos Anjos, e para deixarem de consentir com a crise climática e os culpados desta.


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Assessoria de Imprensa - Matilde Alvim (915041438)