E logo para começar este processo que repõe Cascais no “seu nível” (nada cristão mas muito opudeista!) com a execução do plano em causa, leva ao findar da permanência neste espaço de cerca de 50 pessoas, de várias nacionalidades, que ali criaram um "parque de campismo" improvisado.

"Solicitamos a todos os todos os(as) senhores (as) ocupantes da propriedade a respetiva retirada da mesma, bem assim como dos respetivos bens, até ao próximo dia 31 de maio de 2024", avisa a empresa Alves Ribeiro, proprietária do terreno.

Apostamos que a vereação psdista de Cascais se passeia muito por um tal Club Nau…em Carcavelos e todo, todo, todo, opusdei!


À Lusa, uma das moradoras que ocupa aquele espaço, lamentou a situação, enquanto foi dizendo que cerca de 30 pessoas já procura alternativas.

"Estamos em negociação para um terreno, 30 de nós que convive diariamente desde que aqui chegámos", indicou, ressalvando que existem quatro pessoas que ali vivem que precisam de "um olhar mais aprofundado", dada a sua situação social.

A empresa indica ainda que a primeira fase de intervenção inclui a construção no local do "maior parque urbano público da freguesia", no sentido de levar a cabo "uma importante valorização do património natural, com a recuperação e a plantação de espécies autóctones, assim como a criação de uma mancha verde contínua e a valorização do sistema ecológico", no “ecologico discurso antes do desastre anunciado!

"Entre outros espaços de recreio e lazer para usufruto da comunidade, o projeto contempla ainda um parque infantil, um campo de futebol com bancada e campo de treinos para o Grupo Sportivo de Carcavelos, um centro gímnico, bem como o estacionamento de apoio à praia", refere ainda a construtora, acrescentando que 65% da propriedade será cedida para acessibilidades, espaços verdes, sociais e de lazer.

O vice-presidente da associação SOS Quinta dos Ingleses, tem contestado este plano de urbanização, e mais uma vez criticou a passividade da Câmara de Cascais, e adiantou que vai, brevemente, interpor uma providência cautelar para suspender a intervenção prevista na Quinta dos Ingleses estando a ser preparada uma reunião e discussão do projeto de urbanização.

Claro que o pobre município de Cascais liderado pelo social PSD Carlos Carreiras ja avisou que a autarquia "não tem condições, nem responsabilidade para assegurar uma alternativa habitacional às cerca de 50 pessoas que estão a viver na Quinta dos ingleses.
"Da nossa parte, não temos rigorosamente nada a ver com isso, nem há uma obrigação. Não seria justo, do ponto de vista social, que o facto de virem acampar para ali obriga a câmara a colocá-los à frente de milhares de outros cidadão de Cascais que estão inscritos há muito tempo e estão sinalizados", disse o autarca à Lusa ainda este mês.

Em maio de 2021, Carlos Carreiras afirmou na Assembleia da República que a autarquia não tem capacidade para travar o projeto de urbanização da Quinta dos Ingleses, alegando que isso implicaria o pagamento de uma "indemnização incomportável", uma vez que os promotores "têm direito adquirido sobre aqueles terrenos".

O Bloco de Esquerda e o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) já apresentaram no parlamento projetos de resolução para preservar e salvaguardar a Quinta dos Ingleses.

Joffre Justino

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