Segundo ele, Angola cumpriu, sempre, com as suas responsabilidades associadas ao serviço de dívida, em geral, e com a China, em particular, o que se compararmos com os períodos netistas e santistas em 2022, é obra meritória para o país.
E assim, mesmo antes de terminar o período de suspensão da dívida, Angola antecipou pagamentos à China de cerca de 1,2 mil milhões de dólares.
Trata-se de um esforço que provou junto do Estado chinês e das instituições credoras chinesas a boa vontade de Angola.
E por tal na recente visita do Presidente João Lourenço àquele país foi possivel alcançar um acordo que permite reduzir a pressão sobre o Tesouro angolano na satisfação dos compromissos vigentes.
Segundo o acima responsavel angolano os acordos celebrados com as instituições credoras chinesas não configuram uma moratória da dívida bilateral de Angola à China.
Houve sim um flexibilizar o modelo de constituição de garantias com base no fornecimento de petróleo, relativamente aos 10 mil milhões de dólares contratados com o Banco de Desenvolvimento Chinês CDB.
Assim, reduz-se o volume da reserva de garantia, chamada escrow account, o excedente entre o fornecimento de petróleo e o valor necessário para o serviço dessa dívida, cujo calendário se mantém inalterado.
Passam, assim, a vigorar novas regras para a libertação pela parte chinesa dos saldos da escrow account, permitindo ao Tesouro angolano dispor, mensalmente, de 150 a 200 milhões de dólares adicionais.
Entretanto, a dívida à China mantém-se em 17 mil milhões de dólares norte-americanos, representando cerca de 27,41% do stock da divida governamental, que é de 62 mil milhões.
Joffre Justino