As principais artérias de Lisboa, como o Cais do Sodré e a Praça da Figueira, amanheceram adornadas com mensagens provocadoras. “Espaço público livre de combustíveis fósseis” e “Mais aeroportos: viagens com destino ao colapso climático” são apenas alguns dos lemas que agora confrontam os cidadãos e desafiam a indiferença coletiva. Estas intervenções visam não só informar mas também inspirar uma ação imediata contra a expansão irresponsável da indústria da aviação e projetos como o novo aeroporto, simbolizados aqui como “projetos de morte”.
O Climáximo, juntando-se a mais de trinta grupos europeus na campanha Stay Grounded e Badvertising, apela à diminuição drástica da aviação e ao fim da manipulação publicitária que encobre o impacto devastador das empresas aéreas no aquecimento global. Leonor Canadas, voz ativa deste movimento em Portugal, critica duramente a postura governamental e empresarial que, segundo ela, “continua a lucrar com a crise climática enquanto planeja novos projetos que nos empurram para o abismo”.
O desafio lançado pelo Climáximo vai além do ativismo visual. Nos próximos dias, a organização promove as "Assembleias de Abril" em Lisboa, um fórum de debate sobre as ações futuras e uma demonstração de solidariedade para com os membros do movimento enfrentando julgamento. Estas assembleias são tanto um espaço de resistência quanto um símbolo da luta pela manutenção dos valores democráticos e da liberdade, ameaçados tanto por políticas ambientais inadequadas quanto pela repressão àqueles que ousam desafiar o status quo.