A confirmação foi dada pela ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, que disse que a SAMIM, que apoia Moçambique no combate a grupos rebeldes em Cabo Delgado, norte do país, vai abandonar o país.

Fontes várias mostram-se preocupadas com esta saída dos militares da África Austral que se não é inesperada mas que originará haverá menos uma força para atacar os terroristas em Cabo Delgado, que conhecem as fragilidades do Estado moçambicano e veem nesta retirada da missão da SAMIM "uma oportunidade" para mostrar que têm "campo aberto" para as suas ações terroristas.

Esta situação irá exigir um "reposicionamento" das forças armadas e de segurança moçambicanas para ocuparem as áreas que têm sido protegidas pelo contingente militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

O Governo moçambicano estará preparado para este novo quadro, porque a SAMIM ja tinha afirmado que a sua presença em Cabo Delgado era limitada no tempo.

Assim o exército moçambicano, prosseguiu, será forçado a mais um investimento em pessoal e equipamento para proteger o território.

Moçambique poderá contar com as forças do Ruanda nas zonas onde ainda estão as tropas da SADC, caso as forças armadas moçambicanas mostrem dificuldades em conter a ação dos grupos armados que atuam em Cabo Delgado.

É a presença de forças estrangeiras em Cabo Delgado que tem permitido tempo para uma melhor preparação das Forças Armadas moçambicanas na luta contra os terroristas .

Meios políticos africanos afirmam que, face ao cenário, se esperava que a missão da SAMIM fosse renovada e o Estrategizando questiona se as verbas dispendidas na Ucrânia não deveriam estar a ser aplicadas no apoio solidário a um país irmao da CPLP

Joffre Justino

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Foto de destaque: IA; a imagem criada, representa visualmente o cenário de complexidade e gravidade da situação em Cabo Delgado, Moçambique, simbolizada pela partida iminente da SAMIM e a preparação das forças moçambicanas para assumir a defesa do seu território.