No mais recente episódio do  "Farpas, Farpinhas e Farpetas" de Joffre Justino, assistimos a uma performance digna de um Óscar da política lusitana.

Senhoras e senhores, preparem-se para a incrível história de como a eleição para Presidente da Assembleia da República se transformou no episódio mais hilariante desde que o gato Fedorento decidiu fazer humor político.

O Grande Ilusionista Marcelo

Numa reviravolta que deixaria Houdini boquiaberto, o nosso estimado Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, num ato de magia negra misturado com contorcionismo político, conseguiu, só com o olhar, impelir todo um país a um estado de perplexidade. “Abracadabra”, disse ele (não disse, mas imaginem se tivesse dito), e de repente, temos um Parlamento que mais parece uma sala de espera de um consultório psiquiátrico, onde ninguém se entende, mas todos juram estar certos.

A Direita na Corda Bamba

Neste cenário, a direita portuguesa tentou eleger um Presidente da Assembleia da República. O candidato, numa valentia sem precedentes, avançou confiante, como quem entra numa batalha já perdida, mas com a certeza de que, no mínimo, sairia dali uma piada. E que piada! A incapacidade de angariar votos suficientes transformou-se na anedota do dia, superando até as expectativas do mais cético dos comediantes.

O Acordo que Não Chegou

A cereja no topo do bolo foi, sem dúvida, o acordo anunciado com o partido Chega. Um acordo tão sólido e confiável quanto um castelo de cartas em dia de tempestade. O suspense era tanto que até o próprio candidato, no meio da votação, percebeu que o número de votos a seu favor era tão abundante quanto água no deserto. E o Chega? Bom, o Chega decidiu manter-se fiel à sua tradição de surpreender... a si mesmo.

O Apelo por Eleições Antecipadas

Perante este cenário, Justino faz um apelo dramático por eleições antecipadas, um grito de desespero tão comovente quanto um pedido de "mais um episódio" ao fim de uma maratona de Netflix. “Vamos limpar o Parlamento!”, clama ele, numa frase que soa mais a slogan de produto de limpeza do que a um apelo político sério. Mas quem somos nós para julgar? No fundo, todos sabemos que um pouco de humor é essencial para sobreviver à política portuguesa.

Conclusão: O Espetáculo Deve Continuar

Enfim, este episódio de "Farpas, Farpinhas e Farpetas" deixou-nos uma lição valiosa: na política portuguesa, o absurdo é a norma, e o riso, a única defesa. Então, riamos, meus caros, riamos, porque, no grande circo de Portugal, o espetáculo nunca termina, e a próxima atração promete ser ainda melhor. Palmas, por favor, para os artistas!
Joffre Justino