Apesar de um investimento avultado em sistemas de ventilação e extracção de ar que foram instalados há quatro anos na verdade não se sabe qual é a origem do problema.
O Instituto da Segurança Social garantiu ao O MIRANTE que vão ser feitas análises técnicas para se determinar a origem do problema, depois destes anos sem se conseguiu chegar a conclusões.
Renato Bento era o director do Centro Distrital de Segurança Social na altura e recorda que se chegou a pedir a intervenção do Instituto Ricardo Jorge, que não detectou elementos nocivos no ar do edifício.
Renato Bento, contactado por O MIRANTE recorda que há cinco anos chegou ao serviço para uma reunião e viu os trabalhadores todos no exterior por causa de um cheiro que não conseguiam identificar e que era mais intenso na zona do auditório.
Feitas medições no local e não havendo presença de gases no interior nem problemas com os aparelhos de ar condicionados so se detetou que o cheiro aparecia mais no primeiro andar do edifício e na zona do auditório que era usado menos vezes e até se optou por substituir a alcatifa do piso e as placas das paredes.
Depois de instalados os sistemas de ventilação e extração foram dadas indicações para que o sistema estivesse sempre ligado quando os serviços estavam a funcionar, enfim um custão!
Renato Bento, que deixou as funções em Agosto, continua sem perceber o que se passa nem se o facto de passarem umas condutas de esgoto por baixo do edifício tem alguma influência.
Os serviços, na Avenida Grupo de Forcados Amadores de Santarém, encontram-se fechados desde 1 de Outubro e por tempo indeterminado, e foram reforçados os serviços de atendimento dos concelhos vizinhos de Almeirim, Cartaxo, Benavente, Chamusca e Salvaterra de Magos.
Foi decidido encerrar os serviços para garantir as condições ideais de segurança aos trabalhadores e o centro distrital está a fazer contactos com o Instituto Português do Desporto e Juventude que tem um edifício contiguo para uma eventual transferência temporária para esse local de modo a reabrir o atendimento ao público.
Uma funcionária teve até de ser transportada ao hospital com náuseas e dores de cabeça.
Segundo disse a O MIRANTE o adjunto-técnico dos Sapadores Bombeiros Santarém, Filipe Almeirante, o alerta foi dado às 11h15 para uma fuga de gás, mas no local os valores no equipamento estavam a zero, colocando-se a hipótese de o problema estar no sistema de ar-condicionado ou em “gás metano libertado pelos esgotos”, tendo-se aconselhado a arejar o local.
Ah Santarem como andas com tais ares?