Em seis anos, mais do que duplicou o número de estrangeiros legais em Portugal, passando de 480.300 em 2017, para mais de um milhão no ano passado, dados pouco sérios pois desconhecemos a evolução dos ilegais já ca presentes
O relatório "é um instrumento essencial para a caracterização das dinâmicas e processos migratórios em Portugal, peça essencial de informação pública que é devida por parte da Administração", segundo Pedro Portugal Gaspar, presidente da AIMA.
Existiam 400 mil processos pendentes nestas condições no final de 2023.
As nacionalidades mais representativas, sao os 35,3% são brasileiros (368.449 pessoas), os 55.589 angolanos (5,3%), os 48.885 cabo-verdianos (4,7%), os 47.709 britânicos (4,5%), os 44.051 indianos (4,2%), os 36.227 italianos (3,5%), os 32.535 guineenses (3,1), os 29.972 nepaleses (2,9), os 27.873 chineses (2,7%), os ps 27.549 franceses (2,6%) e 26.460 são-tomenses (2,5%).
Por continente, o maior crescimento de estrangeiros em relação a 2022 verificou-se nos cidadãos vindos de África (mais 51,2%) e da América do Sul (mais 54,2%).
53% são homens e 80,5% do total são parte a população ativa, com mais de metade entre os 25 e os 44 anos (532.214 pessoas).
A maioria vive no distrito de Lisboa (431.919), tendo sido também a região do país com maior crescimento absoluto (mais 106.600 pessoas), com um aumento de quase um terço e a seguir temos os distritos de Faro, Setúbal e Porto.
Numa análise por concelho, é na capital que vivem mais estrangeiros (162.553 pessoas), um aumento de 37,1% em relação a 2022 vem depois Sintra (63.220), Cascais (42.823), Amadora (35.858) e Porto (35.653).
Segundo o relatório, "salienta-se o facto de nove dos doze concelhos com maior número de cidadãos estrangeiros pertencem à área metropolitana de Lisboa, perfazendo com um total de 436.277 (41,8%)".
Em 2023, mais do que duplicou o número de títulos de residência atribuídos (328.978), correspondendo a um aumento de 130 por cento em relação a 2022, ano que já tinha verificado uma subida de 28,5% em relação a 2022.
O "fluxo migratório apresenta um aumento substancial face aos anos anteriores, com destaque para a Autorização de Residência para cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)", correspondendo a 45,3% do total, refere o relatório.
Numa análise por nacionalidade, o Brasil foi o país que teve quase metade das autorizações de residência em 2023 (147.262), seguindo-se, a larga distância, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Índia, Guiné Bissau, Bangladesh, Itália e Nepal.
Numa análise de vários anos que consta no relatório, a população com títulos de residência tem vindo quase sempre a subir desde 1980 (50.750 pessoas), com exceção de 2005 e o período entre 2010 e 2015.
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Joffre Justino